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Rohani quer fechar acordo nuclear nos próximos meses

O presidente iraniano, Hassan Rohani, que obter um acordo sobre o programa nuclear de Teerã nos próximos três meses

O presidente iraniano, Hassan Rohani: "se abordamos a questão do tema nuclear, necessitamos de uma resolução em tempo razoável", declarou Rohani (Brendan McDermid/AFP)

O presidente iraniano, Hassan Rohani: "se abordamos a questão do tema nuclear, necessitamos de uma resolução em tempo razoável", declarou Rohani (Brendan McDermid/AFP)

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Da Redação

Publicado em 26 de setembro de 2013 às 09h17.

Washington - O presidente iraniano, Hassan Rohani, que obter um acordo sobre o programa nuclear de Teerã nos próximos três meses, e conta com o apoio do líder supremo, Ali Khamenei, revela uma entrevista publicada no jornal The Washington Post nesta quarta-feira.

"Se abordamos a questão do tema nuclear, necessitamos de uma resolução em tempo razoável", declarou Rohani ao Post.

"Por decisão do Irã seriam três meses, mas seis também estariam bem. É uma questão para meses e não para anos".

Sobre o apoio de Khamenei para se resolver a questão, Rohani declarou: "o acordo sobre a questão nuclear é uma das responsabilidades do meu governo (...), que tem todo o poder para concluir as tratativas nucleares".

Estados Unidos e outras potências ocidentais suspeitam que Teerã utiliza seu programa nuclear civil como fachada para obter uma bomba atômica, algo que o Irã nega.

Rohani declarou ao Post que o Irã está disposto a tornar seu programa nuclear "transparente" para garantir à comunidade internacional que Teerã não busca uma arma atômica.

O líder iraniano sugeriu que um acordo sobre o programa nuclear poderia ser a porta para a normalização das relações com os Estados Unidos, rompidas desde a crise dos reféns na embaixada americana em Teerã, em 1980.


"Se Obama e eu nos reunirmos, vamos olhar para o futuro, as perspectivas e as nossas esperanças para este futuro (...), e as cartas, notas e troca de informação entre nós apontam nesta direção".

Na terça-feira, ao discursar na tribuna das Nações Unidas, Rohani afirmou que o Irã não representa "absolutamente uma ameaça para o mundo", fazendo um apelo para que o presidente americano, Barack Obama, ignore os grupos de pressão pró-guerra e privilegie a negociação.

"Se (os Estados Unidos) evitarem seguir os interesses de curto prazo dos grupos de pressão pró-guerra, poderemos encontrar um meio de resolvermos nossas divergências", declarou Rohani em seu discurso durante a Assembleia Geral da ONU.

"A República Islâmica do Irã atuará de maneira responsável no que diz respeito à segurança regional e internacional", acrescentou ele, denunciando com veemência as sanções que atingem seu país.

O Irã "está preparado para cooperar (...) de maneira bilateral e multilateral com outros atores responsáveis", prosseguiu Rohani na ONU, reafirmando que o governo não tem a intenção de obter a arma nuclear.

"As armas nucleares e outras armas de destruição em massa não têm lugar na doutrina de segurança e defesa do Irã, e contradizem nossas convicções religiosas e éticas", concluiu.

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