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Rohani e Putin defendem uso de energia nuclear no Irã

Os presidentes do Irã, Hassan Rohani, e da Rússia, Vladimir Putin, defenderam uso de energia nuclear com fins pacíficos

Hassan Rohani (e) e Vladimir Putin: ambos defenderam uso da energia nuclear com fins pacíficos, incluindo o enriquecimento de urânio (Getty Images)

Hassan Rohani (e) e Vladimir Putin: ambos defenderam uso da energia nuclear com fins pacíficos, incluindo o enriquecimento de urânio (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 13 de setembro de 2013 às 11h27.

Moscou - Os presidentes do Irã, Hassan Rohani, e da Rússia, Vladimir Putin, defenderam nesta sexta-feira o direito do asiático usar energia nuclear com fins pacíficos, incluindo o enriquecimento de urânio.

"Irã ressalta o indiscutível direito de todos os participantes do Tratado (de não-proliferação Nuclear, TNP) ao uso pacífico da tecnologia nuclear, incluindo o enriquecimento de urânio", afirmou Rohaní durante a cúpula da Organização de Cooperação de Xangai (SCO).

Durante seu discurso no encontro, realizado em Biskek, capital do Quirguistão, o novo líder iraniano assegurou que "só poderá garantir a personalidade do programa nuclear do Irã" se houver "vontade política e respeito aos interesses comuns".

"A garantia pode ser atingida em um curto período de tempo através do fortalecimento da confiança mútua", destacou o presidente iraniano.

Rohaní também ressaltou que Teerã adere ao TNP tanto do ponto de vista de suas obrigações jurídicas, como por considerações religiosas, éticas e estratégicas.

"A República Islâmica do Irã considera necessário o desarmamento e a não-proliferação de armas nucleares para a manutenção da paz e da estabilidade na arena internacional", apontou.

Além disso, Rohaní criticou duramente as sanções internacionais e as classificou como um "precedente perigoso e incivilizado, cujo objetivo é frustrar o desenvolvimento do Irã". "Essa medida está cinicamente dirigida contra a população civil do país", completou o presidente.


"A linguagem da sociedade moderna deve ser a do respeito e a do entendimento mútuo. Infelizmente, alguns países ainda não podem sair do círculo vicioso dos arcaicos conceitos coloniais e ainda recorrem aos antigos costumes de falar com outros povos usando a linguagem da força e do ditado", completou.

Putin, por sua vez, também defendeu o direito do Irã usar energia nuclear com fins pacíficos.

"Partimos do fato de que o Irã, assim como qualquer outro Estado, tem direito ao uso pacífico da energia nuclear, incluindo o enriquecimento", declarou o presidente russo.

Em seu discurso, o presidente russo também expressou sua "satisfação pela disposição do Irã em mostrar mais transparência em relação ao seu programa nuclear".

Ontem, antes das declarações de Putin, o Kremlin defendeu "um avanço sem pausas artificiais e desnecessárias do processo negociador". "Consideramos que a próxima reunião do sexteto com o Irã deve ser celebrada em breve e sem demoras", apontaram as autoridades russas na véspera do encontro de hoje.

"A via militar, algo que sempre repetimos, é absolutamente inaceitável. Consideramos que as negociações têm probabilidades de êxito", afirmou Yuri Ushakov, um assessor do Kremlin.

O Grupo 5+1 (os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança mais a Alemanha), segue esperando que o Irã dê uma resposta concreta à oferta feita pelas seis potências no último mês de fevereiro em Almaty (Cazaquistão), na qual defendiam a suspensão do enriquecimento de urânio a 20% e a redução da capacidade da usina subterrânea de processamento nuclear de Fordo.

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