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Robô retomará buscas ao voo MH370

O minissubmarino robotizado encarregado de localizar os destroços do Boeing 777 da Malaysia Airlines desaparecido desde 8 de março retomará sua missão

Piloto da aviação neozelandesa participa das buscas no Oceano Índico: o "Bluefin-21" precisou retornar à superfície após atingir o limite de profundidade (Greg Wood/AFP)

Piloto da aviação neozelandesa participa das buscas no Oceano Índico: o "Bluefin-21" precisou retornar à superfície após atingir o limite de profundidade (Greg Wood/AFP)

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Da Redação

Publicado em 15 de abril de 2014 às 13h24.

Perth - O minissubmarino robotizado encarregado de localizar os destroços do Boeing 777 da Malaysia Airlines desaparecido desde 8 de março retomará sua missão, após a mesma ter sido brevemente suspensa.

O "Bluefin-21", equipado com um sonar, precisou retornar à superfície segunda-feira à noite após atingir o limite de profundidade.

Ele opera a partir do navio australiano "Ocean Shield", que dirige as operações de busca do avião que transportava 239 pessoas no momento de seu desaparecimento.

"Após seis horas de missão, o 'Bluefin-21' atingiu seu limite de profundidade (4.500 metros) e voltou à superfície", informou o Centro Conjunto de Coordenação das Agências (JACC), encarregado de organizar as operações.

As informações obtidas durante estas horas de busca não revelaram nada importante, segundo a Marinha americana, que participa da operação com outros países.

Uma segunda missão será iniciada nesta terça-feira à noite se as condições meteorológicas permitirem, destacou o JACC.

O "Bluefin-21" tem a forma de um torpedo, está equipado com um sonar e mede 4,93 metros. Inicialmente, o aparelho deveria cumprir 16 horas de missão.

Assim que atinge o limite de suas capacidades operacionais, o veículo submerge automaticamente, explicou Mark Matthews, capitão da Marinha americana.

Modificar a trajetória

"Nesta operação, o veículo está programado para se locomover a trinta metros da superfície do solo marinho a fim de poder ter uma ideia do todo", acrescentou ao canal CNN.

A busca está limitada a uma área no fundo do oceano de apenas 40 km quadrados, exatamente a 2.312 km a noroeste de Perth, a grande cidade do litoral ocidental da Austrália.


Os mapas submarinos indicam que a profundidade nesta área se situa entre 4.200 e 4.400 metro. Mas o dispositivo chegou a 4.500 metros e retornou à superfície.

As equipes precisarão rever a programação do minissubmarino em função da profundidade. Elas vão "modificar um pouco a trajetória do Bluefin-21 de acordo com a grande profundidade do local", acrescentou Mark Matthews.

A zona de busca foi determinada em função dos sinais detectados há dez dias e que são compatíveis com os emitidos pelas caixas-pretas de uma aeronave.

A Marinha americana estima que a operação de busca submarina levará entre seis semanas e dois meses.

Camada de combustível

O australiano Angus Houston, ex-chefe do Exército do país e coordenador das buscas, havia mencionado na segunda-feira o início de "uma nova fase", com a implantação do Bluefin-21, ressaltando que o processo seria longo e árduo.

As caixas-pretas do voo Air France AF447, que caiu no Atlântico entre Rio e Paris em junho de 2009, foram encontradas após dois anos, apesar de os investigadores saberem sua localização.

Angus Houston também revelou a detecção pelo Ocean Shield de uma camada de combustível na área de busca.

Dois litros foram coletados e serão analisados, mas os resultados só serão conhecidos nos próximos dias, indicou, acrescentando que o combustível não parecia vir de um barco.

O voo MH370 da Malaysia Airlines seguia de Kuala Lumpur para Pequim quando desapareceu no dia 8 de março dos radares civis.

Estima-se, com base em dados de satélite, que a aeronave mudou de direção por razões desconhecidas e caiu no Oceano Índico várias horas depois.

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