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Rio corre com obras para inaugurar parque até a Rio+20

A taxa de ocupação do solo nessa área chega a 98%, com grande número de favelas e comunidades com baixos índices de desenvolvimento humano

Ao todo, a obra custará à prefeitura cerca de R$ 100 milhões e inclui quadras poliesportivas, rampas para skate, parque infantil, entre outras coisas (Vladimir Platonow/AGÊNCIA BRASIL)

Ao todo, a obra custará à prefeitura cerca de R$ 100 milhões e inclui quadras poliesportivas, rampas para skate, parque infantil, entre outras coisas (Vladimir Platonow/AGÊNCIA BRASIL)

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Da Redação

Publicado em 15 de maio de 2012 às 17h04.

Rio de Janeiro – A Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, Rio+20, foi a ocasião escolhida pela prefeitura do Rio para inaugurar o primeiro parque público com selo verde. O Parque Madureira, ou Parcão de Madureira, na zona norte, ocupa uma área de 93,5 mil metros quadrados, ou 14 campos do Maracanã, na região da cidade com a menor cobertura vegetal nativa da Mata Atlântica – menos de 1%.

A taxa de ocupação do solo nessa área chega a 98%, com grande número de favelas e comunidades com baixos índices de desenvolvimento humano. “A expectativa é que a temperatura, nesse microclima e nas áreas próximas, diminua em até 4 graus Celsius”, disse um dos coordenadores das obras do parque, o engenheiro Mauro Bonelli. “Também é um parque que se adequou à realidade do seu entorno, por isso procuramos atender à necessidade dessa população, sempre pensando na questão ambiental, social e econômica”.

No início de maio, o projeto do parque ganhou o selo Aqua (Alta Qualidade Ambiental), certificado reconhecido internacionalmente, concedido pela Fundação Vanzolini, que atesta a sustentabilidade do empreendimento.

Por onde antes passavam linhas de transmissão da concessionária de energia elétrica Light, antiga dona do terreno, estão sendo plantadas cerca de 50 mil mudas de plantas, 800 árvores nativas, 450 palmeiras e estão sendo construídos cinco lagos com fontes iluminadas.

A estrutura possibilita o reuso de água, poços artesianos, sistema de irrigação para consumo controlado de água, equipamentos com teto e paredes verdes (controle térmico), pisos permeáveis, uso de energia solar, iluminação de baixo consumo (LED) e tratamento de esgoto com reuso de água.

“É um projeto que vai atender diretamente a mais de 200 mil pessoas. É totalmente acessível para as pessoas com deficiência, haverá identificação das mudas plantadas em braile. A arquitetura foi pensada para melhorar a qualidade de vida do cidadão e criar um nível de consciência maior sobre o uso dos recursos naturais”.

Ao todo, a obra custará à prefeitura cerca de R$ 100 milhões e inclui quadras poliesportivas, rampas para skate, parque infantil, academia para a terceira idade, biblioteca com acesso à internet gratuita e arenas para espetáculos e apresentações culturais.

“Agora, estamos pedindo a São Pedro para parar de chover, pois estamos terminando o plantio de árvores, de parte dos cerca de 30 mil metros quadrados de grama. Mas são mil homens trabalhando, estamos trabalhando”, disse Bonelli, que garantiu que o parque estará aberto à visitação no mês que vem. A Rio+20 ocorrerá no Rio Centro, de 13 a 22 de junho.

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