Plenário da sessão de abertura da Eco-92: Rio+20 acontece 20 anos após a conferência (Daniel Garcia/AFP)
Da Redação
Publicado em 6 de setembro de 2011 às 09h19.
Pequim - Os países ricos têm a responsabilidade de optar por modelos de desenvolvimento sustentáveis para preservar o planeta que sirvam de exemplo para as demais naçõs, afirmou nesta terça-feira em Pequim o negociador brasileiro sobre o clima.
O tema dos modelos de produção e de consumo será crucial na Conferência da ONU sobre o Desenvolvimento Sustentável Rio+20 (junho de 2012), recordou o diplomata André Corrêa do Lago, um dos responsáveis por organizar a conferência, 20 anos depois da Rio-92.
"Seguindo uma lógica absurda, os países ricos caem na tentação de enviar a seguinte mensagem às nações emergentes: não tentem viver como nós, já que isto destruiria o planeta", declarou Corrêa do Lago.
De acordo com ele, a postura está "muito fixada no subconsciente de vários países ricos".
"Acreditamos que os países desenvolvidos devem fazer um grande esforço para obter esquemas de produção e de consumo sustentáveis, e depois nós adotaremos igualmente estes sistemas", disse o diplomata, que considerou "inadmissível" que exista uma "primeira classe" para países ricos e uma "segunda" para os demais.
Apesar da conferência Rio+20 - prioridade número um da ONU em 2012 segundo o secretário-geral Ban Ki-Moon - priorizar o desenvolvimento sustentável, o evento terá um vínculo estreito com a de Durban, sobre o aquecimento global, prevista para o fim de 2011, completou o negociador brasileiro.