Mundo

Revoltas na Líbia prejudicam produção de petróleo

Manifestantes antigoverno saíram às ruas da cidade de Ras Lanuf, sede de uma refinaria de petróleo e de um complexo petroquímico da Líbia, informou o jornal líbio Quryna

Manifestações contra o governante líbio Muammar Kadafi em Londres: líder pode ter fugido da capital (Dan Kitwood/Getty Images)

Manifestações contra o governante líbio Muammar Kadafi em Londres: líder pode ter fugido da capital (Dan Kitwood/Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 21 de fevereiro de 2011 às 14h20.

Londres - A Wintershall, unidade de exploração de petróleo e gás natural da Basf, se preparava para interromper sua produção na Líbia e retirar os funcionários estrangeiros do país, no momento em que a violência se espalha no terceiro maior produtor africano de petróleo.

Ao mesmo tempo, manifestantes antigoverno saíram às ruas da cidade de Ras Lanuf, sede de uma refinaria de petróleo e de um complexo petroquímico da Líbia, informou o jornal líbio Quryna em seu website nesta segunda-feira.

Citando empregados do local, o jornal informou que estava sendo criado um comitê especial de trabalhadores e moradores locais para proteger as instalações.

A Wintersahll disse nesta segunda-feira que estava diminuindo sua produção de petróleo na Líbia, equivalente a 100 mil barris por dia. Empresas como a Royal Dutch Shell e a OMV anunciaram a retirada de seus funcionários estrangeiros.

A norueguesa Statoil, a austríaca OMV e a anglo-holandesa Shell também tomaram medidas depois que manifestantes contrários ao governo foram mortos em Benghazi e revoltas se espalharam para a capital Trípoli durante o final de semana e nesta segunda-feira.

A medida da Winterhall significaria uma queda considerável no fornecimento da Líbia, cujas exportações de petróleo se dirigem em sua maioria à Europa e cuja produção é de aproximadamente 1,6 milhão de bpd de petróleo bruto, o que coloca o país como o terceiro maior produtor africano -- depois da Nigéria e da Angola.

A maioria das operações de produção de petróleo da Líbia está localizada no leste do país e ao sul de Benghazi -- a segunda maior cidade do país, que na segunda-feira parecia escapar do controle das forças leais a Muammar Gaddafi.

A produção no campo de petróleo de Murza, administrada pela espanhola Repsol, não foi afetada por enquanto. As produções da Eni também não foram prejudicadas até o momento.

Acompanhe tudo sobre:PetróleoÁfricaOriente MédioEnergiaCrises em empresasLíbia

Mais de Mundo

Decisão da venda de chips da Nvidia à China está na mesa de Trump, diz secretário

Vulcão na Etiópia entra em erupção pela 1ª vez após quase 12 mil anos

Trump diz que visitará China em abril após 'ótima conversa' com Xi

EUA designa Cartel de los Soles, da Venezuela, como organização terrorista