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Revista revela denúncia de extorsão na ANP

Matéria da revista Época diz que funcionários da ANP foram flagrados pedindo propina para resolver pendências de clientes

Denúncias de corrupção atingem Agência Nacional do Petróleo: funcionários da estatal teriam pedido propina (AFP)

Denúncias de corrupção atingem Agência Nacional do Petróleo: funcionários da estatal teriam pedido propina (AFP)

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Da Redação

Publicado em 24 de julho de 2011 às 09h22.

São Paulo - A Revista Época publicou neste fim de semana uma denúncia contra funcionários da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Segundo a reportagem, uma gravação que integra investigação sigilosa do Ministério Público Federal (MPF) e da Polícia Federal mostra funcionários da agência pedindo propina. Em troca, a solução de pendências de clientes representados pela advogada Vanuza Sampaio.

A gravação teria sido feita em maio de 2008, no escritório da advogada no Rio de Janeiro. As imagens mostram dois homens, identificados como os assessores da ANP Antonio José Moreira e Daniel Carvalho de Lima. De acordo com a reportagem, eles teriam exigido o pagamento de propina para a renovação do registro de uma distribuidora representada por Vanuza. A situação de outras empresas que dependem da aprovação da agência para operar também teria sido abordada.

Ainda segundo a revista, os assessores disseram a Vanuza que qualquer procedimento dentro da ANP deveria ser pago e que estavam no local "em nome" de Edson Silva, superintendente de Abastecimento da agência. Dias depois, o próprio superintendente teria se encontrado com Vanuza, a pedido da advogada, conforme depoimento concedido por ela ao Ministério Público.

A gravação solicitada pela Polícia Federal indica que a prática de atitudes ilícitas por membros da ANP é antiga, segundo a reportagem. O ex-superintendente da ANP, Roberto Ardenghy, antecessor de Edson Silva, também é acusado de ter cometido crimes quando ocupava o cargo. Procurado pela Revista Época, Ardenghy não teria respondido às mensagens deixadas pela reportagem. A ANP, assim como os membros da agência citados na matéria, não respondeu às questões levantadas pela revista.

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