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Putin e Xi Jinping vão debater 'retórica agressiva' dos EUA e da Otan

O presidente da Rússia e da China vão se reunir virtualmente nesta quarta-feria, 15

Presidente da Rússia, Vladimir Putin, e o presidente da China, Xi Jinping se reúnem em Moscou. (Alexander Zemlianichenko/Reuters)

Presidente da Rússia, Vladimir Putin, e o presidente da China, Xi Jinping se reúnem em Moscou. (Alexander Zemlianichenko/Reuters)

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Reuters

Publicado em 15 de dezembro de 2021 às 06h31.

Última atualização em 15 de dezembro de 2021 às 10h11.

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O presidente da Rússia, Vladimir Putin, e o presidente da China, Xi Jinping, debaterão tensões na Europa e a retórica "agressiva" dos Estados Unidos e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) durante uma videochamada na quarta-feira, informou o Kremlin.

A conversa acontecerá em um momento de tensão alta nas relações dos dois países com o Ocidente: a China está sendo pressionada na seara dos direitos humanos e a Rússia devido à mobilização de soldados perto da fronteira com a Ucrânia.

"A situação das relações internacionais, especialmente no continente europeu, é muito, muito tensa agora e exige debate entre aliados", disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, referindo-se aos governos russo e chinês.

"Vemos uma retórica muito, muito agressiva do lado da Otan e dos EUA e isso exige debate entre nós e os chineses."

A Rússia cultiva laços mais próximos com a China à medida que suas relações com o Ocidente pioram e Putin usa a parceria como maneira de contrabalançar a influência dos EUA ao mesmo tempo em que fecha acordos lucrativos, especialmente de energia. Neste ano, ele e Xi concordaram em renovar um tratado de amizade e cooperação de 20 anos.

Peskov disse que eles terão uma conversa longa com uma pauta ampla, que incluirá também energia, comércio e investimento.

A conversa ocorrerá oito dias depois de uma videochamada entre a Rússia e os EUA na qual o presidente norte-americano, Joe Biden, alertou Putin a não invadir a Ucrânia e o líder russo respondeu que a Rússia precisa de garantias de segurança de valor legal do Ocidente.

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