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Reunião minimiza divergências entre Trump e premiê australiano

Este foi o primeiro encontro entre os dois desde que um tenso telefonema estremeceu seus laços bilaterais pouco depois da posse de Trump

Encontro: os dois líderes se reuniram no museu do porta-aviões "USS Intrepid", em Nova York (Jonathan Ernst/Reuters)

Encontro: os dois líderes se reuniram no museu do porta-aviões "USS Intrepid", em Nova York (Jonathan Ernst/Reuters)

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AFP

Publicado em 5 de maio de 2017 às 11h23.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o primeiro-ministro australiano, Malcolm Turnbull, se reuniram nesta quinta-feira, em Nova York, para normalizar as relações após divergências que ameaçaram os vínculos bilaterais.

Trump destacou que a divergência em relação a um acordo que datava da época de Barack Obama sobre a transferência de refugiados da Austrália para os Estados Unidos já foi "superada".

"Nos entendemos muito bem. Temos uma relação fantástica, amo a Austrália, sempre amei", declarou Trump ao final da reunião.

Turnbull concordou com o presidente americano e disse que "podemos deixar para trás a questão dos refugiados para seguir em frente".

Os dois líderes se reuniram no museu do porta-aviões "USS Intrepid", em Nova York, para comemorar o 75º aniversário da Batalha do Mar de Coral.

Essa batalha da Segunda Guerra Mundial contra as forças japonesas forjou uma aliança que colocou a Austrália ao lado dos Estados Unidos em cada conflito importante desde então.

Este foi o primeiro encontro desde que um tenso telefonema estremeceu os laços bilaterais, pouco depois de Trump assumir a presidência dos Estados Unidos, quando questionou um acordo pelo qual a América receberia refugiados de campos da Austrália.

Segundo comentários, Trump teria explodido e interrompido o telefonema quando informado do acordo, alcançado durante o governo de Obama.

Este começo esfriou ainda mais com a retirada de Washington do acordo comercial Transpacífico, que teria dado às empresas australianas acesso maior aos EUA e os principais mercados regionais.

Mas a crise dos programas nucleares e balísticos da Coreia do Norte e uma viagem do vice-presidente, Mike Pence, a Sydney parecem ter aliviado tensões.

Após se reunir com Turnbull, Pence disse que os Estados Unidos receberiam os refugiados, acrescentando que "isto não significaria que admiremos o acordo".

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