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Reunião em Astana sobre cessar-fogo na Síria é adiada para amanhã

Segundo uma fonte na delegação russa, o adiamento aconteceu por conta do atraso das delegações da Turquia e da oposição síria

Síria: delegações não chegaram a tempo na capital do Cazaquistão (Insight Mideast-Crisis/Syria-Aleppo-Fall Sana/Handout/Reuters)

Síria: delegações não chegaram a tempo na capital do Cazaquistão (Insight Mideast-Crisis/Syria-Aleppo-Fall Sana/Handout/Reuters)

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EFE

Publicado em 15 de fevereiro de 2017 às 08h36.

Astana - A reunião plenária da segunda rodada de negociações sobre o cessar-fogo na Síria, que devia ser realizada nesta quarta-feira em Astana, capital do Cazaquistão, foi adiada até amanhã, segundo confirmação do porta-voz do Ministério das Relações Exteriores cazaque à Agência Efe.

"O início da reunião de alto nível no processo de Astana sobre a Síria foi adiada até às 12h (hora local) do dia 16 de fevereiro de 2017 por razões técnicas", afirmou à Efe o porta-voz da Ministério das Relações Exteriores cazaque, Anwar Zhainkove.

Uma fonte na delegação russa disse que o adiamento aconteceu por conta do atraso das delegações da Turquia e da oposição síria, que não chegaram a tempo na capital do Cazaquistão, mas disse que durante todo o dia de hoje acontecerão consultas prévias às negociações.

"Aconteceu um pequeno adiamento por conta das más condições meteorológicas, mas as delegações da Turquia e da oposição da Síria chegam hoje", explicou.

No final da noite de ontem, tanto a televisão estatal síria como o canal de televisão dos Emirados "Al Arabiya" anteciparam que as negociações seriam adiadas devido o atraso na chegada das delegações turca e da oposição.

Enquanto isso, um porta-voz do Ministério da Defesa da Rússia afirmou que "as negociações em Astana serão realizadas como estavam previstas, entre os dias de 15 e 16 de fevereiro", referindo-se ao dia de hoje apenas para as consultas de trabalho.

"Amanhã vai acontecer a reunião plenária com participação de todas as delegações, onde pode ser homologado o documento final", disse.

O porta-voz de um dos grupos armados sírios afirmou ontem à agência russa "Interfax" que, em qualquer caso, algumas facções armadas seguramente recusarão viajar para a capital cazaque.

"Com alta dose de probabilidade, a oposição vai participar do encontro, mas não serão todos os grupos. Até que não se cumpra o regime do cessar-fogo, dificilmente se poderá falar de conversas diretas entre uma oposição consolidada" e unida com o governo de Bashar al Assad, explicou o opositor.

O ministro das Relações Exteriores cazaque, Kairat Abdarajmanov, disse na terça-feira que o objetivo que foi proposto para a reunião com a Rússia, Irã e Turquia - países fiadores do cessar-fogo na Síria - é criar um mecanismo de supervisão da trégua que rege no país árabe desde o dia 30 de dezembro do ano passado.

Esse mecanismo de controle, acrescentou, vai considerar um regime de sanções para as partes que violem o cessar-fogo.

A reunião na capital cazaque servirá de prelúdio para a retomada das conversas de paz entre uma delegação do governo sírio e da oposição, em Genebra, a partir do próximo dia 20.

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