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Retomada do diálogo entre Israel e palestinos gera tensão

Israel fez ataque contra a Faixa de Gaza, em resposta a disparos de foguetes, horas antes da retomada das negociações de paz com palestinos

Prisioneiro palestino libertado reencontra a mãe:  Israel anunciou que o país construirá em breve milhares de casas nos assentamentos da Cisjordânia (Said Khatib/AFP)

Prisioneiro palestino libertado reencontra a mãe: Israel anunciou que o país construirá em breve milhares de casas nos assentamentos da Cisjordânia (Said Khatib/AFP)

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Da Redação

Publicado em 14 de agosto de 2013 às 09h11.

Jerusalem - Israel executou nesta quarta-feira um ataque contra a Faixa de Gaza, em resposta a disparos de foguetes, e anunciou novos projetos de construções nas colônias, horas antes da retomada em Jerusalém das negociações de paz com os palestinos.

O ataque aéreo teve como alvos dois locais de lançamentos de foguete, após o disparo de projéteis na terça-feira a partir da Faixa de Gaza. Um foguete explodiu em território israelense, mas não provocou vítimas.

A Faixa de Gaza é controlada pelo Hamas, o principal movimento islâmico palestino, contrário à retomada das negociações, o que acontecerá após a libertação na noite de terça-feira de 26 presos palestinos que estavam detidos em penitenciárias israelenses.

Também nesta quarta-feira, o ministro da Habitação de Israel, Uri Ariel, anunciou que o país construirá em breve milhares de casas nos assentamentos da Cisjordânia.

"Vamos construir milhares de casas no próximo ano em Judeia e Samaria (Cisjordânia). Ninguém dirá onde podemos construir", afirmou Ariel.

Ariel, membro do Lar Judeu, partido nacionalista religioso contrário à criação de um Estado palestino, informou que as construções acontecerão nas colônias isoladas e não apenas nos blocos onde vive a maioria dos 360.000 colonos instalados na Cisjordânia.

Os dirigentes israelenses pretendem anexar os grandes blocos de colônias em um acordo com os palestinos, enquanto os assentamentos isolados poderiam ser desmantelados.

Nos últimos dias, o governo do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, acelerou a colonização, o que cria um clima de tensão para as negociações com os palestinos.

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