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Retirar combustível nuclear é maior desafio de Fukushima

Declaração é de Takeshi Takahashi, chefe da central da usina de Fukushima

A explosão de hidrogênio em Fukushima 1 ocorreu em 14 de março
 (AFP)

A explosão de hidrogênio em Fukushima 1 ocorreu em 14 de março (AFP)

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Da Redação

Publicado em 20 de fevereiro de 2012 às 13h26.

Tóquio - Retirar o combustível nuclear de seus reatores é o principal desafio da usina de Fukushima, declarou nesta segunda-feira o chefe da central, Takeshi Takahashi.

"É um problema muito complicado do ponto de vista técnico, mas queremos enfrentá-lo passo a passo", afirmou Takahashi, segundo relato de um grupo de repórteres que visitou durante quatro horas a usina, que sofreu graves danos após o tsunami que sucedeu um terremoto em março de 2011.

De acordo com plano apresentado pela operadora da usina nuclear de Fukushima, Tokio Electric Power (Tepco), no final de 2011, a retirada do combustível das piscinas de armazenamento será concluído num prazo de dois anos, enquanto a retirada do combustível que está no interior dos reatores 1, 2 e 3 poderia levar 25 anos.

Com aspecto cansado, o atual responsável de Fukushima afirmou que o trabalho agora é garantir que os reatores de 1 a 4, danificados pelo devastador tsunami, mantenham-se estáveis e que a usina não emita radioatividade.

"Tentaremos que as pessoas possam voltar para suas casas o mais rápido possível", acrescentou Takahashi, que substituiu em dezembro o até então chefe da planta, Masao Yoshida, que deixou o cargo por motivos de saúde.

Os níveis de radioatividade na usina vão desde 15 microsievert na entrada principal até os 1.500 em frente ao reator 3. Nos reatores 1 e 2 a radioatividade é de 100 e 300 microsievert, respectivamente.

Para Yasuki Hibi, engenheiro que administra uma equipe de 50 pessoas dedicadas à retirada dos escombros, as condições de trabalho na usina melhoraram, mas ainda devem se limitar a turnos de três horas diárias para reduzir a exposição.

"Ainda é muito perigoso para os trabalhadores entrar no reator 3", assinalou Hibi. A visita desta segunda-feira foi a segunda vez que a TEPCO permitiu a entrada de jornalistas na usina.

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