Eleitores votam em Ohio, um dos estados-chave das eleições americanas (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 6 de novembro de 2012 às 19h34.
Columbus (EUA) - O apertado resultado previsto em Ohio, estado-chave na eleição presidencial americana, pode obrigar a contar os chamados ''votos provisórios'', circunstância que demoraria durante semanas a proclamação de um vencedor.
Os analistas advertem que isso equivaleria a um ''cenário de pesadelo'', que poderia lembrar o ocorrido em 2000, quando o resultado da eleição presidencial esteve em suspenso durante mais de um mês, até que a Corte Suprema confirmou a vitória do republicano George W. Bush contra o democrata Al Gore.
O ''voto provisório'' pode ser exercido quando a identidade de quem deposita o voto é questionada por razões diversas, seja porque não foi votar com um documento onde apareça sua fotografia, ou porque sua residência varia e seu voto deve ser depositado em outro lugar.
Nesses casos, os cidadãos devem preencher cédulas especiais, e seus votos não são contados até que se tenha comprovado a identidade e resolvido todas as demais dúvidas, o que no caso de Ohio pode ser feito em um prazo de dez dias.
Segundo o secretário de Estado de Ohio, Jon Husted, cerca de 200 mil pessoas votaram através deste método durante o período aberto para o voto provisório.
Se o resultado do ganhador em Ohio fora por uma diferença inferior a esse número, seria preciso esperar para verificar e contar todas as cédulas provisórias, o que levará dias.
Ou inclusive meses, se os cidadãos cujos votos fossem eventualmente invalidados decidissem denunciar seu caso perante os tribunais.
Segundo a última pesquisa da ''CNN'' neste estado, o presidente e candidato democrata à reeleição, Barack Obama, e seu rival republicano, Mitt Romney, estão literalmente empatados com 49% em intenções de voto.
Há quatro anos, os votos ''do mais essencial dos estados indecisos'', Ohio, foi para Obama, enquanto nenhum republicano chegou à Presidência sem ganhar em Ohio.