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Resultado do conclave: veja que horas sai a fumaça da 2ª votação

Cardeais farão nova rodada na quinta-feira e seguirão isolados até que um novo Papa seja escolhido

Chaminé da Capela Sistina, no Vaticano (Tiziana Fabi/AFP)

Chaminé da Capela Sistina, no Vaticano (Tiziana Fabi/AFP)

Da Redação
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Redação Exame

Publicado em 7 de maio de 2025 às 18h17.

Última atualização em 7 de maio de 2025 às 18h47.

A primeira rodada de votação do conclave que elegerá o sucessor do Papa Francisco terminou sem um vencedor. Por volta das 16h em Brasília (21h no Vaticano), a chaminé da Capela Sistina soltou uma fumaça preta, que indica que uma nova votação será necessária.

O processo escolherá o novo governante da igreja Católica, religião que tem 1,4 bilhão de seguidores no mundo.

Tradicionalmente, a primeira votação serve para que os cardeais prestem homenagens aos colegas e para que todos se familiarizem com o processo. Assim, dificilmente um Papa é escolhido no primeiro dia.

O Vaticano não divulga os resultados das votações. Quando houver um novo Papa eleito, a fumaça da Capela Sistina será branca e o novo pontífice será revelado ao público em seguida.

Próximos passos do conclave

A próxima votação será feita na quinta, 8, pela manhã. A partir de amanhã, haverá até quatro votações diárias, até que um novo Papa seja eleito. Veja os horários previstos de término das próximas votações (hora de Brasília).

  • 5h30 - Fim da primeira votação do dia (só haverá fumaça se houver uma decisão)
  • 7h - Fim da segunda votação (haverá fumaça branca ou preta)
  • 12h30 - Fim da terceira votação (só haverá fumaça se houver uma decisão)
  • 14h - Fim da última votação do dia (haverá fumaça branca ou preta)

Como foi o início do conclave

O conclave começou por volta das 12h45 em Brasília (17h45 em Roma) desta quarta, quando as portas da Capela Sistina foram fechadas. Antes, os cardeais entraram em procissão na capela, cantaram hinos religiosos e prestaram um juramento antes de começar a votação. Eles ficarão isolados até o fim do processo, e a fumaça da chaminé é a única comunicação deles com o mundo exterior durante esse período.

Na parte da manhã, os cardeais participaram de uma missa, na Basílica de São Pedro, acompanhada por mais de 5 mil pessoas. Na homilia, o cardeal Giovanni Battista Re pediu a ajuda do Espírito Santo para que os religiosos façam uma boa escolha.

Ao todo, 133 cardeais estão no conclave. Dentre eles, sete são brasileiros. Podem participar da votação todos os cardeais com menos de 80 anos.

A fumaça solta pela chaminé da capela indica se houve vencedor. Se for preta, mostra que nenhum nome obteve maioria. Quando vier branca, uma escolha foi feita e o novo Papa será conhecido em seguida.

Como será feita a votação no conclave?

Por sorteio, três cardeais são designados "escrutinadores", outros três infirmarii (encarregados de recolher o voto dos purpurados doentes) e três mais como revisores para verificar a contagem.

Sentados juntos, os cardeais recebem cédulas retangulares com a frase Eligo in Summum Pontificem ("Elejo como Sumo Pontífice") na parte superior, com um espaço em branco abaixo. Os eleitores escrevem o nome de seu candidato à mão, "com caligrafia o mais irreconhecível possível", e dobram a cédula. Em tese, é proibido votar no próprio nome.

Cada cardeal se dirige ao altar, segurando sua cédula no ar para que seja bem visível e pronuncia em voz alta o seguinte juramento em latim: "Ponho por testemunha a Cristo Senhor, que me julgará, de que dou meu voto a quem, na presença de Deus, acredito que deve ser eleito".

Em seguida, ele deposita sua cédula em um prato e a desliza na urna diante dos escrutinadores, faz uma reverência diante do altar e volta para sua cadeira.

Os cardeais cujo estado de saúde ou idade avançada os impede de se aproximar do altar entregam seu voto a um escrutinador, que o deposita na urna em seu lugar.

Como é a apuração de votos no conclave?

Uma vez recolhidas todas as cédulas, um escrutinador agita a urna para misturá-las, transfere as cédulas para um segundo recipiente e outro cardeal as conta.

Dois escrutinadores anotam os nomes, enquanto um terceiro os lê em voz alta e perfura as cédulas com uma agulha no ponto em que está a palavra "Eligo". Os revisores comprovam em seguida que não foram cometidos erros.

Se nenhum cardeal conquistar dois terços dos votos, os eleitores procedem a uma nova votação. Exceto no primeiro dia, são previstas duas votações pela manhã e duas pela tarde até a proclamação de um Papa.

As cédulas e as anotações feitas pelos cardeais são queimadas a cada duas rodadas de votação. A chaminé, visível pelos fiéis na praça de São Pedro, expele fumaça preta se nenhum papa for eleito e fumaça branca em caso de eleição do novo pontífice.

Após três dias sem definir um pontífice, a votação é suspensa para um dia de oração.

"Habemus Papam"

O cardeal eleito deverá responder a duas perguntas do decano: "Aceita sua eleição canônica para Sumo Pontífice?" e "Como deseja ser chamado?". Caso responda sim à primeira, torna-se papa e bispo de Roma.

Um por um, os cardeais expressam um gesto de respeito e obediência ao novo Papa, antes do anúncio aos fiéis.

Da varanda da basílica de São Pedro, o cardeal protodiácono anuncia "Habemus papam". Em seguida, o novo pontífice aparece e pronuncia a bênção urbi et orbi (“À cidade e ao mundo”). Em seguida, faz seu primeiro pronunciamento no cargo.

Com EFE e AFP.

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