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Resultado de presidenciais afegãs é adiado

Medida anunciada pela Comissão Eleitoral Independente visa nova contagem de votos

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 1 de julho de 2014 às 14h57.

Cabul - O anúncio do resultado preliminar do segundo turno das eleições presidenciais afegãs, previsto para esta quarta-feira, foi adiado, para permitir uma nova contagem de votos, anunciou nesta terça-feira a Comissão Eleitoral Independente (CEI), em plena polêmica sobre suspeitas de fraude.

"Esperamos terminar a inspeção na sexta-feira e depois fixar uma data", anunciou à AFP Sharifa Zurmati, integrante da comissão.

Durante este processo "alguns votos serão invalidados e outros, somados", disse.

As eleições colocaram frente a frente dois ex-ministros, Ashraf Ghani e Abdullah Abdullah. Este último, que liderou o primeiro turno com 45% dos votos contra 31,6% de Ghani, denuncia fraudes no segundo turno em favor de seu adversário.

"Começamos a examinar os votos em 2.000 centros de votação depois que a comissão decidiu garantir que haveria transparência", disse Zurmati.

No total, mais de 6.000 colégios eleitorais foram abertos no dia 14 de junho para o segundo turno, que foi realizado sem incidentes graves.

Mas Abdullah Abdullah rapidamente denunciou supostas fraudes que, segundo ele, comprometeram seu desempenho nas urnas.

De acordo com Abdullah, a CEI, seguidores de Ghani e, inclusive, pessoas ligadas ao presidente Karzai estariam envolvidas nas supostas operações fraudulentas. Como consequência disso, decidiu boicotar a comissão retirando seus observadores.

Ghani rejeitou as acusações, afirmando que seus partidários respeitaram as normas eleitorais vigentes.

Os países ocidentais que fazem doações e fornecem ajuda militar ao país, liderados pelos Estados Unidos, consideram crucial que estas eleições sejam bem-sucedidas. Eles gastaram milhões de dólares para tentar reconstruir um Estado com um governo estável após a queda do regime fundamentalista dos talibãs.

Além disso, as eleições foram realizadas poucos meses antes da retirada das forças da Otan do país, prevista para ser concluída até o fim deste ano, o que aumenta os temores de um aumento da violência.

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