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Resultado das eleições na Europa preocupa, diz Barroso

Os partidos extremistas "são protecionistas, contrários à globalização e à imigração", comentou o presidente da Comissão Europeia, José Manuel Barroso


	José Barroso: ele se recusou a culpar a austeridade pelo descontentamento dos eleitores
 (Paul ODriscoll/Bloomberg News)

José Barroso: ele se recusou a culpar a austeridade pelo descontentamento dos eleitores (Paul ODriscoll/Bloomberg News)

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Da Redação

Publicado em 26 de maio de 2014 às 16h01.

Sintra - O presidente da Comissão Europeia, José Manuel Barroso, afirmou que os resultados das eleições para o Parlamento Europeu mostram uma tendência preocupante no continente, com partidos de extrema esquerda e extrema direita ganhando terreno.

Barroso, que é membro do Partido Popular Europeu, de centro-direita, se recusou a culpar a austeridade usada para resolver a crise de dívida soberana da região pelo descontentamento dos eleitores.

"Nós estamos extremamente preocupados com essa tendência", disse Barroso em um evento do Banco Central Europeu (BCE) em Sintra, Portugal.

A autoridade acrescentou que a tendência já estava presente antes da crise e que as questões levantadas por ela são mais profundas.

Os partidos extremistas "são protecionistas, contrários à globalização e à imigração", comentou.

Segundo Barroso, mais integração e cooperação na Europa é crucial para acabar com o crescente descontentamento entre os eleitores.

A Alemanha e a França, em especial, precisam garantir que a divergência econômica entre os dois países não se traduza em divergência política, afirmou a autoridade.

O presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, que participou do mesmo evento que Barroso, disse que os países europeus devem começar a se concentrar no crescimento econômico agora como resposta ao descontentamento dos cidadãos.

"A próxima fase terá de se concentrar em reformas. Nós precisamos de mais crescimento e precisamos lidar com algumas questões estruturais da nossa economia", avaliou.

Dijsselbloem também sugeriu que durante os próximos cinco anos os países precisarão reduzir alguns impostos, depois de terem promovido aumentos nos últimos anos para tentar cobrir déficits.

"As pessoas querem ver resultados. Muito trabalho tem sido feito durante a crise, mas os resultados ainda estão vindo muito lentamente", acrescentou. Fonte: Dow Jones Newswires.

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