Eleição na Argentina: Votação deve ser definida voto a voto (Luis ROBAYO /AFP Photo)
Repórter de Brasil e Economia
Publicado em 19 de novembro de 2023 às 17h58.
Última atualização em 19 de novembro de 2023 às 20h28.
Terminou a votação das eleições presidenciais da Argentina deste domingo, 19, às 18h, no horário local, o mesmo de Brasília. Em pronunciamento, o atual ministro e peronista, Sergio Massa, afirmou que foi derrotado pelo ultraliberal Javier Milei. O candidato do governo disse que parabenizou o adversário e garantiu que o país não vai paralisar durante a transição. “Já falei com Milei, que é o presidente que a maioria elegeu”, disse.
Relatos e informações na Argentina já davam como certo a vitória de Milei antes da fala de Massa. De acordo com dados oficiais, com 86,59% dos votos apurados, Milei obteve 55,95% dos votos válidos, contra 44,04% de Massa. “Já falei com Milei, que é o presidente que a maioria elegeu”, disse. "O mais importante é deixar aos argentinos a mensagem de convivência, o diálogo e a paz ante tanta violência, é o melhor caminho que podemos percorrer", prosseguiu.
Segundo dados oficiais da Câmara Nacional Eleitoral (CNE), o feriado de segunda-feira no país não atrapalhou a votação e o percentual de votantes foi semelhante ao do primeiro turno. No último balanço divulgado, 76% dos eleitores votaram para escolher o próximo presidente pelos próximos quatro anos. O número é superior aos 74% que votaram no primeiro turno.
Segundo o jornal Clarín, às 20h, mais de 70% dos votos já foram apurados.Às 19h, o percentual era de 7% dos votos contabilizados, o que mostra que o processo está acelerado. Os primeiros resultados somente serão divulgados a partir das 21h.
O novo chefe do executivo argentino foi conhecido antes das 21h, que era o horário esperado. As últimas pesquisas mostravam um empate técnico, mas o resultado parece ter sido mais confortável para Milei. Os últimos estudos foram divulgados há mais de uma semana, porque a lei eleitoral proíbe a publicação de novos levantamentos nos dias antes do pleito, inclusive boca de urna no dia da eleição.
Durante o segundo turno, Milei buscou amenizar o seu discurso radical para buscar apoios e ampliar o seu eleitorado. Ele conseguiu atrair Patricia Bullrich, a terceira colocada na votação do primeiro turno, e o ex-presidente Maurício Macri. A decisão da dupla, porém, rachou a coalizão de centro-direita Juntos por el Cambio, que não apoiou Milei.