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Restos mortais de vítimas do 11 de setembro ainda são identificados 22 anos após ataques

As duas pessoas são as 1.648 e 1.649 vítimas identificadas pelo Escritório de Medicina Legal de Nova York (OCME, na sigla em inglês) por meio de testes avançados de DNA

11 de Setembro: cerca de 40% das vítimas não foram identificados (Gary Hershorn/Getty Images)

11 de Setembro: cerca de 40% das vítimas não foram identificados (Gary Hershorn/Getty Images)

André Martins
André Martins

Repórter de Brasil e Economia

Publicado em 11 de setembro de 2023 às 10h49.

Última atualização em 11 de setembro de 2023 às 11h45.

A prefeitura de Nova York anunciou na última sexta-feira, 8, que identificou os restos mortais de mais duas pessoas que morreram nos ataques às torres do World Trade Center no dia 11 de setembro de 2001. O homem e a mulher, cujos nomes não foram revelados a pedidos dos familiares, são as 1.648 e 1.649 vítimas identificadas pelo Escritório de Medicina Legal de Nova York (OCME, na sigla em inglês) por meio de testes avançados de DNA.

"Esperamos que essas novas identificações tragam algum conforto para as famílias das vítimas, e os esforços do escritório do médico legista chefe demonstram o compromisso inabalável da cidade em reunir todas as vítimas do World Trade Center com seus entes queridos", disse o democrata Eric Adams, prefeito da cidade, em comunicado. 

Há 22 anos, quatro voos comerciais foram sequestradas por 19 membros da organização terrorista Al-Qaeda, e lançados contra alvos em solo americano. Os ataques mataram 2.753 pessoas. Essa foi a primeira vez que os Estados Unidos foram atacados dentro do próprio país desde o ataque à base naval de Pearl Harbor, no Havaí, durante a Segunda Guerra Mundial. 

A identificação do homem foi confirmada através de testes de DNA de restos mortais recuperados em 2001. A identificação da mulher foi confirmada através de exames de material genético recuperado em 2001, 2006 e 2013. Essas são as primeiras identificações de vítimas desde setembro de 2021. Cerca de 1.104 vítimas — 40% dos que morreram, permanecem sem identificação.

Tecnologia militar para identificação

Segundo a OCME, as duas novas descobertas foram possíveis graças à "tecnologia de sequenciamento de última geração adotada recentemente — mais sensível e mais rápida do que as técnicas convencionais de DNA" e usada pelo Exército americano. O dr. Jason Graham, legista-chefe da cidade, disse que as autoridades querem seguir com seu "compromisso solene" de devolver os restos mortais de todas as vítimas do ataque. Uma cerimônia anual para lembrar aqueles que morreram nos ataques será realizada em Manhattan nesta segunda-feira. 

Quantas pessoas morreram no 11 de setembro?

Segundo a prefeitura de Nova York, os ataques mataram 2.753 pessoas. Além das vítimas naquele dia, centenas de pessoas morreram de doenças relacionadas com o 11 de setembro. O atentado expôs milhares civis, polícias e bombeiros ao ar tóxico e aos detritos dos prédios. Segundo o corpo de bombeiros de Nova York, pelo menos 341 membros da corporação morreram de doenças causadas por efeitos do ataque. 

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