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Restos de vítimas da ditadura são encontrados em balneário

Justiça do Chile iniciou autopsia dos restos humanos encontrados na cidade de Pucón, para investigar violações de direitos durante a ditadura


	Augusto Pinochet: durante a ditadura (1973-1990) pelo menos 3.200 chilenos morreram
 (David Lillo/AFP)

Augusto Pinochet: durante a ditadura (1973-1990) pelo menos 3.200 chilenos morreram (David Lillo/AFP)

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Da Redação

Publicado em 8 de agosto de 2014 às 15h52.

Santiago do Chile - A Justiça do Chile iniciou nesta sexta-feira a autopsia dos restos humanos encontrados na cidade de Pucón, no sul do Chile, parte de uma investigação sobre violações aos direitos humanos cometidas durante a ditadura de Augusto Pinochet.

A descoberta dos restos no setor da "Península" de Pucón, um exclusivo centro de veraneio no lago Villarrica, na região da Araucanía, foi resultado das escavações ordenadas pelo juiz especial Álvaro Mesa Latorre, da Corte de Apelações de Temuco.

Além de ossos, foram encontradas "evidências associadas", e tudo será submetido a testes científicos no Serviço Médico Legal de Santiago para determinar se correspondem mesmos à vítimas da ditadura de Pinochet.

No local trabalham desde quinta-feira peritos do SML, do Laboratório de Criminalística e da Brigada de Direitos Humanos da Polícia de Investigações.

Segundo as fontes, o juiz Mesa participará durante todo o procedimento de exumação dos corpos, que deve durar até amanhã.

A descoberta é semelhante a outra feita na semana passada próximo a Santo Domingo, no litoral central do Chile, próximo à antiga Escola de Engenheiros do Exército, onde foi criada a Dina, a polícia secreta de Pinochet, e de onde desapareceram entre 20 e 30 presos políticos, segundo organizações de Direitos Humanos.

Durante a ditadura (1973-1990) pelo menos 3.200 chilenos morreram pelas mãos de agentes do Estado, e 1.192 deles ainda são considerados desaparecidos.

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