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Da Redação
Publicado em 20 de maio de 2010 às 10h03.
Berlim - A Alemanha disse nesta quinta-feira que restaurar a confiança no euro é sua "prioridade", exigindo uma regulação mais forte para proteger a moeda única e ação conjunta da União Europeia para retirar as medidas de estímulo à economia.
A chanceler alemã, Angela Merkel, disse que os problemas da zona do euro precisam ser cortados pela raiz, dizendo a uma conferência financeira que as regras da região precisam ser endurecidas.
O euro caiu para a mínima em quatro anos na quarta-feira, após a medida unilateral da Alemanha de proibir vendas a descoberto de alguns ativos ter exposto divisões políticas na Europa e alimentado temores de maior regulação financeira.
Revelando as divergências dentro da UE, a França, ressentindo o fato da Alemanha não ter consultado o país sobre a proibição, disse que não concorda com a declaração de Merkel, que disse na quarta-feira que o euro está em risco.
"Eu absolutamente não acho que o euro está em perigo", disse a ministra da Economia francesa, Christine Lagarde, à rádio RTL nesta quinta-feira. "O euro é uma moeda sólida e crível."
A Alemanha é o principal contribuinte para o pacote de resgate de 110 bilhões de euros com o Fundo Monetário Internacional (FMI) à Grécia e da rede de segurança de 1 trilhão de euros para outras nações vulneráveis da zona do euro.
Merkel, no entanto, forçada a deixar para trás a promessa eleitoral de 16 bilhões de euros em cortes de impostos para financiar os pacotes de resgate, está sob pressão depois que os eleitores, irritados com a crise de dívida grega, puniram seu partido nas eleições regionais.
"A prioridade é restaurar a confiança no euro. Isso será atingido somente se as medidas forem completadas com regulação e supervisão. Há uma necessidade extrema de ação", disse o ministro das Finanças alemão, Wolfgang Schäuble.
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