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Resposta ideal à covid-19 combina Nova Zelândia, Dinamarca e Uganda

Política de testes, plano para escolas e estratégia de comunicação: a união de políticas desenvolvidas em três países seria ideal para combater o vírus

Nova Zelândia: país da Oceania realizou mais de 7 mil testes para cada caso confirmado do novo coronavírus (Fiona Goodall / Correspondente/Getty Images)

Nova Zelândia: país da Oceania realizou mais de 7 mil testes para cada caso confirmado do novo coronavírus (Fiona Goodall / Correspondente/Getty Images)

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Clara Cerioni

Publicado em 7 de agosto de 2020 às 06h00.

A resposta ideal de governos para combater a covid-19 combinaria a política de testes da Nova Zelândia, o plano para escolas da Dinamarca e a estratégia de comunicação de Uganda, de acordo com estudo sobre as medidas de diferentes países.

Pesquisa realizada por Michael Barber, ex-assessor do ex-primeiro-ministro do Reino Unido Tony Blair, e Idris Jala, que desempenhou função semelhante para Najib Razak, ex-primeiro-ministro da Malásia, analisou como diferentes países abordaram a pandemia como forma de fornecer exemplos bem-sucedidos.

Entre os exemplos escolhidos, estão os extensos testes da Nova Zelândia, que realizou mais de 7 mil testes para cada caso confirmado, e o rastreamento de contatos na Coreia do Sul, que usa dados de câmeras de segurança e transações com cartão de crédito para acompanhar os movimentos das pessoas.

O uso de programas de rádio em Uganda para chamar a atenção da população em um país com acesso precário à Internet é elogiado, além da reabertura bem-sucedida de escolas na Dinamarca.

Mas os pesquisadores observam que a coordenação entre os países tem sido ruim, especialmente quando comparada com a crise financeira global de 2008, quando líderes como Gordon Brown, então primeiro-ministro do Reino Unido, ajudaram a coordenar uma resposta internacional.

"Lição de casa"

“Pela primeira vez na história, todos os governos do planeta receberam a mesma lição de casa ao mesmo tempo”, disse Barber em entrevista. “Esta deve ser uma grande oportunidade para aprendizado global, mas surpreendentemente há pouca coisa acontecendo.”

Isso deve ser resolvido enquanto o mundo se prepara para enfrentar a próxima série de desafios em torno da distribuição de vacinas e pacotes de resgate econômico, afirmou.

E nem toda solução funciona em qualquer lugar. O programa de rastreamento de contatos da Coreia do Sul é muito mais invasivo do que muitas populações aceitariam, por exemplo.

Embora Barber tenha destacado uma solução alternativa bem-sucedida na Austrália, que aprovou leis de privacidade para garantir às pessoas que seus dados não corriam riscos.

A dupla também tentou classificar todos os países sobre como foram afetados pela Covid-19 e como estão se recuperando. No topo da “liga da recuperação” na quarta-feira estavam Tailândia e Coreia do Sul. No final da fila, Honduras e Bahamas. O Reino Unido ficou em 28º lugar entre 184 países. Os EUA estavam na posição 131.

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