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Responsabilidade corporativa 2.0

Pioneira na discussão da sustentabilidade corporativa na França, a consultora Élisabeth Laville apresenta uma série de exemplos de empresas que, com uma boa gestão socioambiental, aumentaram suas receitas e também obtiveram economias. “As companhias são uma força de mudança social, sem dúvida a mais poderosa de nossa época. E elas têm tudo a ganhar ao […]

A empresa verde

A empresa verde

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h37.

Pioneira na discussão da sustentabilidade corporativa na França, a consultora Élisabeth Laville apresenta uma série de exemplos de empresas que, com uma boa gestão socioambiental, aumentaram suas receitas e também obtiveram economias. “As companhias são uma força de mudança social, sem dúvida a mais poderosa de nossa época. E elas têm tudo a ganhar ao assumir esse papel”, diz em seu livro A Empresa Verde, lançado neste ano no Brasil pela editora Õte. Há mais de uma década à frente de projetos de sustentabilidade em companhias de setores tão diversos como bancos e construção civil, Élisabeth descreve a história da questão socioambiental desde o início da década de 80, quando as empresas se limitavam a promover ações filantrópicas. Nos anos 90, começaram as práticas de ecoeficiência e divul gação de relatórios. Hoje, a autora comemora a chegada gradual do que chama de Responsabilidade Empresarial 2.0, que se caracteriza por três traços fundamentais.

O primeiro e mais importante é a introdução do desenvolvimento sustentável no objetivo das companhias, o que significa uma mudança profunda na cultura de cada empresa. “Esse é o mais formidável desafio proposto à humanidade no início do século. Um desafio que nos pede, em primeiro lugar, que imaginemos o mundo em que queremos viver no futuro”, diz. Em segundo lugar, vem a aproximação e a colaboração das corporações com ONGs. Um exemplo surgiu quando a fabricante de bens de consumo Unilever percebeu que o bacalhau congelado que vendia estava acabando no mar. A solução foi buscar uma parceria com a organização ambientalista World Wildlife Fund (WWF), que a ajudou a desenvolver um projeto de pesca sustentável.

Finalmente, o terceiro aspecto é a preocupação quase obsessiva em identificar o impacto ambiental e social de toda a cadeia produtiva, desde a extração das matériasprimas mais básicas até a maneira como o consumidor lida com o produto. É nesse novo contexto que Élisabeth quer ver o surgimento de uma nova maneira de avaliar as empresas: não apenas pelos lucros e pela qualidade da mercadoria mas também por sua relação com as pessoas e com o planeta.

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