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Resolução prevê que novo secretário da ONU poderá ser mulher

Nomes dos candidatos, homens ou mulheres, serão divulgados, assim como seus currículos, e deverão passar por uma prova oral


	Ban Ki-moon, o atual secretário-geral da ONU, deixará seu posto no final de 2016 depois de dois mandatos de cinco anos
 (Fabrice Coffrini/AFP)

Ban Ki-moon, o atual secretário-geral da ONU, deixará seu posto no final de 2016 depois de dois mandatos de cinco anos (Fabrice Coffrini/AFP)

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Da Redação

Publicado em 11 de setembro de 2015 às 11h43.

As Nações Unidas devem aprovar nesta sexta-feira uma resolução que prevê que seu próximo secretário-geral poderá ser uma mulher, e que ele ou ela terá que passar por uma entrevista, como qualquer diretor de empresa.

Ban Ki-moon, o atual secretário-geral, deixará seu posto no final de 2016 depois de dois mandatos de cinco anos.

Segundo o projeto de resolução, o Conselho de Seguramça e a Assembleia enviarão uma carta aos 193 países membros pedindo a apresentação de candidaturas.

Os nomes dos candidatos, homens ou mulheres, serão divulgados, assim como seus currículos, e deverão passar por uma prova oral diante da Assembleia, como qualquer CEO de uma multinacional.

Desde a criação da ONU em 1945, a seleção do secretário-geral é feita pelos 15 países membros do Conselho, que elege apenas um candidato, depois ratificado pela Assembleia.

Em seus 79 anos, oito homens se sucederam no cargo. Nada impede a candidatura de uma mulher, apesar de uma resolução de 1946 fazer referência "a um homem de grande valor", já que na época era impensável eleger um nome feminino.

São muitas as vozes que defendem que já é hora de uma mulher liderar a organização.

Neste sentido, já circulam alguns nomes: a ex-primeira-ministra neozelandesa Helen Clark, a presidente chilena Michelle Bachelet, a diretora-geral da Unesco, Irina Bokova, ou a comissária europeia Kristalina Georgieva, estas duas últimas búlgaras.

A tradição - que não é obrigatória - levaria o posto de volta a um representante do Leste europeu, depois de estar nas mãos da Ásia (o sul-coreano Ban Ki-moon) e da África (o ganês Kofi Annan).

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