Mundo

Resgate não chega a região atingida por terremoto na China

As telecomunicações e o transporte são os problemas mais urgentes a serem resolvidos na região, onde 398 pessoas morreram por causa do terremoto


	Yunnan: sobreviventes esperam pela chegada de remédios e comida em caminhos lamacentos
 (China Daily/Reuters)

Yunnan: sobreviventes esperam pela chegada de remédios e comida em caminhos lamacentos (China Daily/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 5 de agosto de 2014 às 07h33.

Pequim - Os deslizamentos de terra que sucederam o grave terremoto que atingiu o sudoeste da China no último domingo, assim como as chuvas que persistem na região, complicaram os trabalhos de resgate e a chegada de remédios e ajuda humanitária nesta terça-feira.

As telecomunicações e o transporte são os problemas mais urgentes a serem resolvidos na região, onde 398 pessoas morreram por causa do terremoto e mais de 1,8 mil ficaram feridas, informou nesta terça-feira a agência estatal "Xinhua".

As autoridades confirmaram, no entanto, que nas últimas horas as equipes de resgate, formadas por mais de 20 mil militares, policiais e bombeiros, recuperaram vários sobreviventes entre os escombros no condado de Ludian, onde foi localizado o epicentro do tremor.

Entre eles, está uma criança de 5 anos que foi resgatada nos dois primeiros dias junto com outras 32 pessoas, confirmou a "Xinhua", que alertou sobre a formação de lagos, que já inundaram mais de 20 casas, por causa do terremoto.

Muitos sobreviventes esperam pela chegada de remédios e comida em caminhos lamacentos e suportando temperaturas mais baixas pela noite.

"O transporte está totalmente interditado. Não temos mais comida, cada morador tem apenas uma batata", disse ontem à noite o chefe de uma aldeia situada no condado de Ludian.

As equipes de médicos se queixaram da falta de recursos para atender aos feridos nos hospitais de campanha instalados na região atingida pelo terremoto e que muitos deles necessitam ser transferidos com urgência para centros melhores.

O primeiro-ministro, Li Keqiang, pediu que as equipes "não cessem com a busca por sobreviventes e desaparecidos" ao chegar ontem ao local do epicentro do terremoto, após caminhar por cinco quilômetros, segundo a "Xinhua".

De acordo com as autoridades meteorológicas, são esperadas fortes chuvas para os próximos dias que podem causar novos deslizamentos de terra e dificultar ainda mais o trabalho no local.

Alguns geólogos também alertaram sobre a possibilidade de fortes réplicas do tremor de domingo.

Até a tarde de ontem, a Administração Sismológica da China tinha registrado 467 réplicas na região, quatro delas com magnitude entre 4 e 4,9 na escala Richter.

O governo central anunciou ontem que disponibilizou cerca de 600 milhões de iuanes (mais de US$ 97 milhões) para os trabalhos de resgate, equipamentos médicos e para cobrir todas as necessidades das vítimas do tremor, enquanto enviou aviões e helicópteros para a região para abrir rotas alternativas de transporte de provisões.

Também estão sendo utilizados aviões não tripulados para analisar os danos e o estado dos moradores nas áreas mais remotas. EFE

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaChinaDesastres naturaisTerremotos

Mais de Mundo

Hezbollah coloca Tel Aviv entre seus alvos em meio a negociações de cessar-fogo

Israel e Hezbollah estão a poucos dias de distância de um cessar-fogo, diz embaixador israelense

Exportações da China devem bater recorde antes de guerra comercial com EUA

Yamandú Orsi, da coalizão de esquerda, é eleito presidente do Uruguai