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Resgate já recuperou 34 corpos de acidente da AirAsia

Legistas identificaram hoje os corpos de uma aeromoça de 24 anos, e de dois passageiros, de 30 e 10 anos


	Caixões com corpos de vítimas de acidente da AirAsia: aeromoça de 24 anos e dois passageiros, de 30 e 10 anos, foram identificados hoje
 (REUTERS/Darren Whiteside)

Caixões com corpos de vítimas de acidente da AirAsia: aeromoça de 24 anos e dois passageiros, de 30 e 10 anos, foram identificados hoje (REUTERS/Darren Whiteside)

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Da Redação

Publicado em 4 de janeiro de 2015 às 10h02.

Bangcoc - As equipes de resgate já recuperaram 34 corpos de pessoas que estavam no avião da AirAsia que caiu há uma semana no mar da Indonésia, onde o tempo ruim e as fortes correntes dificultam as tarefas de busca, informaram neste domingo as autoridades locais.

Os legistas identificaram hoje os corpos de uma aeromoça de 24 anos, e de dois passageiros, de 30 e 10 anos, que se somam a uma passageira que foi identificada e enterrada na quinta-feira passada, segundo o canal de televisão "Channel News Ásia".

Os serviços de emergência tentaram sem sucesso recuperar cinco grandes objetos localizados com radares, um deles hoje, a cerca de 30 metros de profundidade no mar de Java.

O tempo ruim e os fortes correntes dificultaram as tarefas dos mergulhadores e dos submarinos não tripulados, que ainda não conseguiram chegar aos destroços para confirmar se pertencem ao avião, no qual viajavam 162 pessoas.

Acredita-se que parte dos viajantes do Airbus possam estar presos nos assentos destes destroços, que medem entre sete e 10 metros de comprimento.

Cerca de 27 embarcações e 20 aeronaves de diversos países participaram hoje das operações de busca e resgate de vítimas e das caixas-pretas do avião da AirAsia, indicou a Agência Nacional de Busca e Resgate (Basarnas) da Indonésia.

Em um relatório, a Agência Indonésia de Meteorologia, Climatologia e Geofísica (BMKG) afirmou ontem que a causa mais provável do acidente foi uma falha no motor causada por formação de gelo ao atravessar uma nuvem, embora as autoridades ainda busquem as caixas-pretas para explicar o ocorrido.

Uma das caixas, que na realidade são de cor laranja, armazena a conversa na cabine, e a outra os dados de voo.

Nos últimos dias, as autoridades indonésias revelaram várias irregularidades no voo QZ8501, mas sem relacioná-las diretamente ao acidente.

Na quarta-feira passada, um documento da agência de meteorologia revelou que o voo decolou em 28 de dezembro sem ter recebido o boletim climatológico do serviço de meteorologia, segundo o jornal "The Jakarta Post".

Sunu Widyatmoki, diretor da AirAsia Indonésia, filial do grupo malaio AirAsia, negou as alegações.

"A AirAsia Indonésia considera com muito cuidado os relatórios meteorológicos da BMKG antes de cada voo", disse Sunu.

Enquanto as famílias estão concentradas em recuperar os corpos de seus seres queridos, as consequências do acidente afetaram passageiros de outros voos da AirAsia.

Vários passageiros de um voo da companhia em Surabaia se negaram hoje a embarcar em um segundo avião após o primeiro precisar abortar uma decolagem por problemas em um motor. A companhia aérea reembolsou o dinheiro das passagens para os viajantes que decidiram não voar.

O voo QZ8501 decolou da cidade de Surabaia, na ilha de Java, em 28 de dezembro, e tinha previsto aterrissar duas horas depois em Cingapura, mas caiu no mar de Java após 40 minutos de voo.

O avião transportava 155 indonésios, três sul-coreanos, um britânico, um francês, um malaio e um singapurense, entre 155 passageiros e uma tripulação de sete membros.

No dia do acidente havia formações de "cumulus nimbus", nuvens em forma de espiral com ar quente e úmido que geram fortes chuvas e raios.

O piloto chamou a torre de controle na Indonésia quando sobrevoava o mar de Java pelo sul de Bornéu e solicitou permissão para virar à esquerda e subir desde 32 mil pés de altitude (9,76 quilômetros) até os 38 mil (11,59 quilômetros) para fugir de uma tempestade.

A torre de controle aprovou a virada no momento, mas quando minutos depois chamou o piloto para aprovar uma subida para somente 34 mil pés, o avião tinha sumido.

O piloto, com mais de 23 mil horas de voo, seis mil delas com a AirAsia, não teve tempo de ativar o sinal de alarme.

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