Escavadores e caminhões removem areia na área onde o menino espanhol de dois anos caiu em um poço. (Jon Nazca/Reuters)
EFE
Publicado em 21 de janeiro de 2019 às 14h43.
Málaga - A rigidez extrema de algumas camadas de solo desacelerou os trabalhos de perfuração do túnel vertical que levará ao trecho do poço no qual acredita-se que esteja Julen Roseló, o menino de 2 anos que há oito dias caiu no local, no sul da Espanha.
A máquina perfuradora, que começou a ser usada há dois dias, trabalha em grande velocidade para vencer a resistência das rochas e completar o mais rápido possível os 60 metros de profundidade do duto. Posteriormente, o túnel será revestido e mineradores terão que abrir uma galeria horizontal com equipamentos manuais para acessar o poço.
"Estamos em uma parte tão profunda e em condições tão difíceis, que essa ou qualquer máquina com essas caraterísticas no mercado teriam as mesmas condições depois de tantas horas de trabalhado, principalmente com os materiais que estamos encontrando", explicou nesta segunda-feira o delegado do Colégio de Engenheiros de Caminhos de Málaga, Angek García.
Conforme cálculos técnicos iniciais, o túnel levaria de 12 a 15 horas para ser aberto e a galeria levaria outras 20, no melhor dos casos, mas a rigidez das camadas achadas mudou as previsões. Segundo García, a máquina precisou parar para manutenção durante algum tempo, mas passou a última noite trabalhando sem interrupções.
Julen caiu no dia 13 de janeiro em uma abertura de 25 centímetros de diâmetro e 110 metros de profundidade em um sítio da cidade de Totalán. O poço está obstruído por um tampão de terra a 71 metros de profundidade, de forma que não é possível acessar diretamente o espaço aonde acredita-se que o menino possa estar.