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Reservas provadas da Petrobras sobem 9,4% após pré-sal

Avanço é pequeno para o período de 2006 a 2012, aponta especialista


	Plataforma da Petrobras: apesar de as reservas da empresa terem ficado estagnadas no ano passado, analistas afirmam que ações da estatal não sofrerão impacto
 (DIVULGAÇÃO PETROBRAS / GERALDO FALCÃO)

Plataforma da Petrobras: apesar de as reservas da empresa terem ficado estagnadas no ano passado, analistas afirmam que ações da estatal não sofrerão impacto (DIVULGAÇÃO PETROBRAS / GERALDO FALCÃO)

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Da Redação

Publicado em 14 de janeiro de 2013 às 12h32.

Rio de Janeiro - As reservas provadas da Petrobras subiram apenas 9,4 por cento de 2006 a 2012, período em que houve a descoberta das reservas gigantes do pré-sal, segundo dados oficiais da estatal.

A companhia divulgou na noite de quinta-feira que suas reservas comprovadas ficaram praticamente estáveis no ano passado frente a 2011, atingindo 16,440 bilhões de barris de óleo equivalente (boe).

Em 2006 as reservas provadas da estatal estavam em 15,023 bilhões de boe, que incluem petróleo e gás. O crescimento entre aquele ano e 2012 é pequeno para o período, segundo um especialista em energia.

"Anunciar indícios de hidrocarbonetos é uma coisa. Reserva comprovada é outra", diz o diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (Cbie), Adriano Pires. "Muitas vezes as empresas divulgam indícios que depois frustram as expectativas", completou.

As reservas provadas da Petrobras em 2012 mostraram uma desaceleração frente ao ano anterior, apresentando crescimento praticamente nulo, de 0,2 por cento. Em 2011 as reservas provadas haviam crescido 2,7 por cento frente 2010.

O modesto avanço é explicado por uma menor apropriação de reservas em 2012 na comparação com 2011, mesmo com um produção menor em parte do ano. A empresa incorporou 400 milhões de barris no ano passado a menos do que no ano anterior.


Foram acrescentados 914 milhões de barris às reservas da companhia, abaixo dos 1,315 bilhão vistos em 2011, enquanto a estatal produziu 885 milhões de boe em 2012, ante 889 milhões no ano anterior (queda de 0,44 por cento).

A Petrobras comentou apenas que o avanço do ano passado deve-se "à incorporação de novas áreas descobertas no Brasil e no Golfo do México e gerenciamento de reservatórios em campos no Brasil e no exterior".

A relação entre a reserva sobre a produção total ficou em 18,6 anos, segundo a empresa, abaixo dos 19,2 anos de 2011.

AÇÕES

A notícia da estagnação das reservas da estatal em 2012 não decepcionou analistas de bancos, que consideraram que a informação não impactará as ações da companhia no curto prazo.

"Consideramos neutro. Apesar das reservas terem ficado estáveis em relação ao ano passado, os índices de Reposição de Reservas e R/P continuam em níveis bastante confortáveis em relação aos pares internacionais", disse a corretora Ativa em relatório.


"Continuamos com nossa visão de que no longo prazo a Petrobras tem muito potencial a ofertar, mas que no curto prazo muitos desafios se impõem", afirmou a corretora Concórdia.

O banco Barclays também disse em relatório não acreditar em nenhum impacto da informação sobre os papéis da companhia. "Nós vemos os números estáveis como neutros para as ações, que em nossa opinião só reagem às notícias sobre: 1) reajuste de preços de combustível e 2) aumento de produção".

As ações preferenciais da Petrobras fecharam com alta de 0,25 por cento, enquanto o Ibovespa caiu 0,29 por cento.

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