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Requerimento para CPI dos Transportes perde mais uma assinatura

Oposição ao governo Dilma tenta criar comissão para investigar denúncias de corrupção no Ministério dos Transportes

Álvaro Dias, do PSDB, acusou o governo de trabalhar contra a CPI a fim de "esconder as falcatruas", favorecendo a continuidade da corrupção (José Cruz/ABr)

Álvaro Dias, do PSDB, acusou o governo de trabalhar contra a CPI a fim de "esconder as falcatruas", favorecendo a continuidade da corrupção (José Cruz/ABr)

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Da Redação

Publicado em 4 de agosto de 2011 às 13h42.

Brasília - O senador Reditário Cassol (PP-RO) retirou hoje seu apoio à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que a oposição tenta criar para investigar denúncias de corrupção no Ministério dos Transportes e no Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit). Com isso, a oposição contabiliza 25 das 27 assinaturas necessárias à abertura da investigação.

Reditário é pai e suplente do ex-governador de Rondônia Ivo Cassol (PP), que se licenciou do mandato para fazer tratamento de saúde. Desde ontem à noite, oposição e governo travam um embate acirrado em torno das adesões ao requerimento de CPI. Cerca de três horas após o protocolo do requerimento, na noite de ontem, o pedetista João Durval (BA) pediu para retirar sua assinatura, mediante pressão da liderança do governo.

Hoje o tucano Ataídes Oliveira (TO), suplente de João Ribeiro (PR-TO), pediu para retirar o apoio à CPI e, horas depois, voltou atrás, ratificando a assinatura no requerimento da oposição. Depois de atender a um pedido de Ribeiro, que é titular do mandato e fiel aliado do governo, Oliveira recuou, pressionado pelas lideranças de seu partido, o PSDB.

Diante da retirada das assinaturas, o líder do PSDB, Álvaro Dias (PR), acusou o governo de trabalhar contra a CPI a fim de "esconder as falcatruas", favorecendo a continuidade da corrupção. "A tal faxina não existe, o que existe é a manutenção do modelo atual a qualquer processo, a CPI traria transparência às investigações", protestou o tucano. Dias afirmou que não desistirá da CPI, embora reconheça a "enorme dificuldade" para viabilizá-la.

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