Donald Trump: alguns deles já anunciaram voto para a democrata Hillary Clinton em novembro (Jeff J Mitchell / Staff)
Da Redação
Publicado em 12 de agosto de 2016 às 11h42.
Washington - Cerca de 70 membros do Partido Republicano pedirão, em carta ao Comitê Central da legenda, o corte do financiamento para a campanha presidencial do empresário Donald Trump, exigindo que os esforços se concentrem na manutenção das maiorias no Senado e na Câmara de Representantes (Deputados) dos Estados Unidos.
No documento, que será divulgado na semana que vem, os signatários asseguram que a figura de Trump "ameaça" transformar as eleições de novembro em um "vitória arrasadora" dos democratas, de acordo com veículos de imprensa locais que tiveram acesso ao manifesto.
"Apenas uma mudança imediata de todos os recursos disponíveis do Comitê Nacional Republicano (RNC) aos postos vulneráveis do Senado e da Câmara dos Representantes evitarão que o partido se afogue com a âncora de Trump em volta do pescoço", alertam na carta.
Entre os signatários há cerca de 20 de ex-dirigentes do partido, como os ex-congressistas Chris Shays, Tom Coleman e Vin Weber, além do ex-senador Gordon Humphrey.
Alguns deles, como Shays, já anunciaram voto para a democrata Hillary Clinton em novembro.
"Esta não deveria ser uma decisão difícil já que as possibilidades de Trump terminar eleito se evaporam a cada dia que passa", conclui a carta.
Um dos signatários, Andrew Weinstein, da Flórida, afirmou ao portal "Politico" que o documento surge de "gente preocupada em proteger as maiorias do partido no Senado e na Câmara", mas que não representa "apoio a ninguém", em referência a Hillary.
A carta vem em um momento de crescente oposição dentro do partido contra o excêntrico empresário nova-iorquino, um "incêndio" já impossível de ser controlado e que levou importantes líderes republicanos e retirar o apoio a ele, como o recente e significativo caso da senadora Susan Collins.
Nesta sexta-feira, a cúpula do RNC e a campanha de Trump se reunirão em Orlando (Flórida).
Segundo o comitê do presidenciável, trata-se de um encontro "típico", embora não seja segredo que parte da cúpula republicana está em desacordo com o rumo que está levando a campanha presidencial e suas constantes saídas do tom.
A última, a acusação de Trump a Hillary e ao próprio presidente americano, Barack Obama, é de que eles foram os fundadores do Estado Islâmico (EI).