Capitólio, sede do Congresso dos Estados Unidos: Câmara dos Deputados deve votar na quarta-feira a medida (Gary Cameron/Reuters)
Da Redação
Publicado em 14 de janeiro de 2014 às 19h16.
Washington - Deputados republicanos dos Estados Unidos manifestaram apoio cauteloso nesta terça-feira a um projeto de lei de gastos no valor de 1,1 trilhão de dólares, sinalizando que a proposta deve ser aprovada e removendo uma fonte preocupação antes das eleições de 2014.
O projeto de lei prevê a elevação em 45 bilhões dólares em gastos militares e domésticos para diminuir a possibilidade de cortes automáticos no orçamento. Além disso, prevê cerca de 85 bilhões de dólares em financiamento à guerra no Afeganistão neste ano fiscal.
A Câmara dos Deputados deve votar na quarta-feira a medida, que deve ser analisada pelo Senado, controlado pelo partido Democrata, ainda esta semana.
Se aprovado, o projeto irá eliminar até o fim de setembro a ameaça de uma nova paralisação do governo, como ocorreu durante os 16 dias em outubro do ano passado.
O projeto de lei eleva o financiamento para algumas prioridades democratas como um aumento de 1 bilhão de dólares ao programa de educação pré-escolar para os pobres.
"Não é uma lei perfeita, mas acho que é um projeto de lei que atende aos interesses do presidente e de republicanos e democratas", disse o deputado republicano Darrell Issa, da Califórnia.
O deputado Tim Griffin, um conservador do Tea Party, disse que a lei representa "sólidos progressos" na redução de despesas discricionárias. Ele disse que a proposta deve ganhar o apoio de muitos conservadores porque o nível de despesa total é menor que o registrado no fim do governo George W. Bush, em 2008.
A aprovação do projeto de lei de gastos deixaria Congresso com apenas um grande obstáculo fiscal para os próximos meses: o aumento do limite da dívida federal, que deve ser necessário em março ou abril, para evitar um calote da dívida dos EUA.
O presidente da Câmara dos EUA, o republicano John Boehner, disse que os republicanos não tomaram decisão sobre como abordar o limite da dívida. "Nós temos que lidar com o teto da dívida nos próximos meses e nenhuma decisão foi tomada sobre como vamos proceder, mas eu estou confiante que vamos avançar", disse Boehner. "Ninguém quer dar calote na dívida."