O presidente americano Donald Trump: projeto já foi retirado de votação no Congresso devido à falta de apoio dentro do próprio partido do presidente (Carlos Barria/Reuters)
EFE
Publicado em 2 de abril de 2017 às 15h05.
Última atualização em 2 de abril de 2017 às 15h07.
Washington, 2 abr (EFE).- O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou neste domingo que os republicanos continuam a debater uma substituição à reforma da saúde aprovada em 2010 pelo ex-presidente Barack Obama, conhecida como "Obamacare", um objetivo que "não está morto" apesar do fracasso na votação de março no Congresso.
"Qualquer um que imaginar que a derrubada e a substituição do Obamacare estão mortas, não conhecem o amor e a força do partido Republicano. As conversas para derrubar e substituir o Obamacare estão em curso e continuarão até o momento em que, com sorte, chegaremos a um acordo", escreveu Trump no Twitter.
O projeto de lei republicano para acabar com o Obamacare e colocar outro sistema no lugar foi retirado no dia 24 de março, antes de ser votado na Câmara dos Representantes, devido à falta de apoio de parte do partido.
Trump garantiu à época que estava "aberto" a tentar outra reforma de saúde no futuro e previu que neste mesmo ano haveria uma "explosão" no sistema estabelecido pela reforma da saúde de Obama, com uma fuga das seguradoras e um aumento exagerado nos preços dos seguros médicos.
O líder republicano disse acreditar que, quando isso ocorrer, a oposição democrata começará a trabalhar com ele para mudar o sistema de saúde.
O vice-presidente dos EUA, Mike Pence, também afirmou neste sábado, durante um discurso em Columbus (Ohio), que "atualmente há membros do Congresso trabalhando para elaborar a lei que permitirá o fim do Obamacare".
No entanto, a derrota do primeiro projeto republicano para substituir esse sistema aguçou as tensões entre a Casa Branca e a ala ultraconservadora do partido, conhecida como Freedom Caucus (Caucus da Liberdade).
Trump ameaçou na quinta-feira fazer campanha contra esses congressistas nas eleições legislativas de 2018 caso o grupo não apoie seu programa. EFE