Republicanos conquistam assento no Senado em Virgínia Ocidental e avançam no Congresso (Tim Graham/Getty Images)
Agência de notícias
Publicado em 6 de novembro de 2024 às 00h28.
Os republicanos tomaram nesta terça-feira, 5, um assento dos democratas no Senado americano, no estado conservador de Virgínia Ocidental. Este resultado representa uma conquista importante nas eleições intermediárias que, além da presidência, definem quem terá o controle do Congresso.
Em paralelo ao pleito presidencial, eleitores de centenas de distritos também estão decidindo se democratas ou republicanos assumirão o comando nas duas casas do Poder Legislativo a partir de janeiro.
O Congresso americano é composto pela Câmara dos Representantes, com todas as 435 cadeiras em disputa, e pelo Senado, onde 34 vagas estão sendo disputadas este ano. Segundo projeções da mídia, o atual governador da Virgínia Ocidental, Jim Justice, venceu o ex-prefeito Glenn Elliott na corrida para substituir o moderado Joe Manchin, que se aposenta após atuar como independente, votando junto aos democratas.
Justice, que inicialmente foi eleito governador pelo Partido Democrata em 2016, mudou para o lado republicano pouco depois de assumir o cargo.
Assim como nas pesquisas sobre a disputa à Casa Branca, o cenário das eleições para o Congresso está acirrado. Os republicanos estão em posição favorável para retomar o controle do Senado, com a disputa pela Câmara em um equilíbrio que pode ir para qualquer lado. Com a vitória de Justice, a vantagem democrata de 51 a 49 votos no Senado foi eliminada, deixando os republicanos a apenas uma vitória de alcançar a maioria.
Agora, os republicanos concentram-se nos estados de Montana, Ohio e, possivelmente, Wisconsin, Pensilvânia e Michigan para garantir a maioria.
Os democratas tentam compensar suas perdas com avanços no Texas e na Flórida, mas já sofreram um revés neste último, onde o republicano Rick Scott venceu facilmente. Caso os republicanos ganhem em todos os distritos que ainda disputam, podem chegar a 55 das 100 cadeiras, garantindo grande poder no Senado.
Segundo o monitor OpenSecrets, não partidário, foram gastos aproximadamente 10 bilhões de dólares (R$ 57,8 bilhões) nas campanhas dos candidatos ao Congresso. Este valor é um pouco menor do que o gasto em 2020, mas quase o dobro dos 5,5 bilhões (R$ 31,8 bilhões) destinados à campanha presidencial deste ano.