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Repressão a gays na Nigéria resulta em várias prisões

Os Estados Unidos, Reino Unido e Canadá condenaram a proibição do casamento entre pessoas do mesmo sexo


	Nigéria: a lei foi promulgada pelo presidente nigeriano no dia 7, mas a informação veio à tona apenas nesta segunda-feira
 (Jrobin08/Wikimedia Commons)

Nigéria: a lei foi promulgada pelo presidente nigeriano no dia 7, mas a informação veio à tona apenas nesta segunda-feira (Jrobin08/Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 14 de janeiro de 2014 às 14h45.

Lagos - Grupos locais e internacionais de combate à Aids advertiram nesta terça-feira que a nova lei nigeriana que criminaliza o casamento entre pessoas do mesmo sexo e associações de defesa dos direitos dos homossexuais vai colocar em risco a luta contra a doença.

Ativistas de direitos humanos informaram que dezenas de homossexuais homens foram presos no norte da Nigéria em uma aparente resposta à lei.

Os Estados Unidos, Reino Unido e Canadá condenaram a proibição, e o secretário de Estado dos EUA afirmou ontem que esta é uma "perigosa restrição à liberdade" de expressão e associação de todos os nigerianos.

A lei foi promulgada pelo presidente nigeriano no dia 7, mas a informação veio à tona apenas nesta segunda-feira, depois que a Associated Press teve acesso a uma cópia do texto. A lei aprovada pelo Parlamento nigeriano em 17 de dezembro e que prevê penas que podem chegar a 14 anos de reclusão também não foi anunciada publicamente.

Agentes das ONU especialistas no combate à Aids e do Fundo Global de Combate a Aids, Tuberculose e Malária demonstraram "profunda preocupação com a possibilidade de o acesso ao tratamento de HIV para homossexuais, bissexuais e outros possa ser severamente afetado pela lei na Nigéria".

O Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids) afirmou que a lei pode prejudicar a própria iniciativa do presidente Goodluck Jonathan para combater a aids iniciada há um ano.

O Unaids disse que a Nigéria é o segundo país do mundo com maior número de pessoas com HIV, com 3,4 milhões de pessoas afetadas pelo vírus. A doença afeta mais os homossexuais homens do que heterossexuais. Fonte: Associated Press.

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