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Agência da ONU visitará o Irã por suspeitas de matérial atômico em instalações secretas

A AIEA pede a Teerã, regularmente, que explique a presença de materiais nucleares em três locais não declarados

Sede da AIEA (Joe Klamar/AFP/AFP Photo)

Sede da AIEA (Joe Klamar/AFP/AFP Photo)

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AFP

Publicado em 14 de dezembro de 2022 às 15h37.

Última atualização em 14 de dezembro de 2022 às 17h22.

Funcionários da agência da ONU encarregada da vigilância nuclear viajam no domingo, 18, para o Irã, para discutir a presença de material atômico em três instalações secretas — anunciou a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) nesta quarta-feira, 14.

"A convite do Irã, uma equipe técnica da AIEA estará em Teerã no domingo, 18 de dezembro, para examinar as questões pendentes previamente identificadas pelo diretor-geral, Rafael Grossi", informou a agência, em um comunicado enviado à AFP.

A AIEA pede a Teerã, regularmente, que explique a presença de materiais nucleares em três locais não declarados.

Esta questão está atrasando os esforços para reativar o acordo nuclear iraniano de 2015 com as grandes potências, que fracassou quando os Estados Unidos se retiraram unilateralmente em 2018, ainda no governo de Donald Trump.
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"Nossa interação com a AIEA continua e esperamos poder avançar, de maneira eficaz, para eliminar os obstáculos e as ambiguidades e dar um passo à frente", disse, pouco antes, o chefe da Agência de Energia Atômica do Irã, Mohamad Eslami.

Uma delegação da AIEA deveria ter ido a Teerã em novembro. A visita foi cancelada depois que o Conselho de Governadores da agência lamentou a "falta de cooperação" do governo iraniano em Teerã para fornecer respostas "tecnicamente confiáveis".

Consequentemente, a agência declarou que não poderia garantir a autenticidade e a integridade do programa nuclear iraniano.

Na última sexta-feira, 9, Eslami afirmou que restos de urânio enriquecido do exterior foram introduzidos no país.

O acordo de 2015 concedia uma redução das sanções internacionais impostas ao Irã em troca de garantias de que o país não se equiparia com armas nucleares, um objetivo que a República Islâmica sempre negou.

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