Mundo

Representante palestino pede adesão ao Tribunal Internaciona

"É um passo muito importante", declarou o representante palestino na ONU, Riyad Mansur. "Buscamos justiça para todas as vítimas de Israel, a potência ocupante"


	Faixa de gaza: "É um passo muito importante", declarou o representante palestino na ONU, Riyad Mansur. "Buscamos justiça para todas as vítimas de Israel, a potência ocupante"
 (REUTERS/Ibraheem Abu Mustafa)

Faixa de gaza: "É um passo muito importante", declarou o representante palestino na ONU, Riyad Mansur. "Buscamos justiça para todas as vítimas de Israel, a potência ocupante" (REUTERS/Ibraheem Abu Mustafa)

DR

Da Redação

Publicado em 2 de janeiro de 2015 às 15h59.

O representante palestino na ONU, Riyad Mansur, apresentou nesta sexta-feira nas Nações Unidas a carta oficial com o pedido de adesão da Palestina ao Tribunal Penal Internacional (TPI), o que lhe permitiria processar na Justiça internacional autoridades israelenses.

O pedido será analisado pelo secretário-geral da organização, Ban Ki-moon, que irá comunicar aos Estados-membros do TPI o pedido palestino em um prazo de 60 dias.

"É um passo muito importante", declarou Mansur. "Buscamos justiça para todas as vítimas de Israel, a potência ocupante", acrescentou.

Irritado com o bloqueio do plano de criação de um Estado palestino independente, o presidente da Autoridade Palestina, Mahmud Abbas, colocou em prática na última quarta-feira uma ameaça de anos e assinou o pedido de adesão ao TPI apresentado hoje na ONU.

A missão do Tribunal, com sede em Haia, é perseguir os autores de genocídios, crimes contra a humanidade ou crimes de guerra.

A adesão ao TPI deverá permitir aos palestinos mover ações contra autoridades israelenses por sua conduta em diferentes guerras, como a de julho e agosto de 2014 em Gaza, inclusive por suas ações como ocupantes.

Com este pedido, Abbas responde ao fracasso, na terça-feira, de meses de esforços para que o Conselho de Segurança aprovasse um projeto de resolução concedendo aos israelenses três meses de prazo para deixarem os territórios ocupados.

O pedido de adesão ao TPI parece ser uma das últimas cartas na manga de Abbas. Após meses de tensão, é percebida por autoridades israelenses como uma declaração de guerra diplomática.

"Esperamos que o TPI rejeite o pedido hipócrita da Autoridade Palestina, que não é um Estado, e sim uma entidade ligada a uma organização terrorista, o Hamas", afirmou o premier de Israel, Benjamin Netanyahu.

Acompanhe tudo sobre:Autoridade PalestinaConflito árabe-israelenseIsraelONUPalestina

Mais de Mundo

Brasil está confiante de que Trump respeitará acordos firmados na cúpula do G20

Controle do Congresso dos EUA continua no ar três dias depois das eleições

China reforça internacionalização de eletrodomésticos para crescimento global do setor

Xiaomi SU7 atinge recorde de vendas em outubro e lidera mercado de carros elétricos