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Representante nega que jihadistas estejam perto de fronteira

O porta-voz da principal formação política curda na Síria negou que os combatentes do Estado Islâmico estejam a 5 km da fronteira com a Turquia


	Refugiados curdos da Síria: a maioria se dirigiu ao território turco
 (Bulent Kilic/AFP)

Refugiados curdos da Síria: a maioria se dirigiu ao território turco (Bulent Kilic/AFP)

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Da Redação

Publicado em 22 de setembro de 2014 às 14h25.

Beirute - O porta-voz da principal formação política curda na Síria, o Partido da União Democrática, Nawaf Khalil, negou nesta segunda-feira que os combatentes do Estado Islâmico (EI) estejam a cinco quilômetros da fronteira com a Turquia, como informou a imprensa turca.

Em declarações à Efe por telefone, Khalil disse que os jihadistas estão há pelo menos 20 quilômetros da fronteira, já que caso contrário já teriam tomado a cidade síria de Kobani, muito próxima à fronteira.

De acordo com o porta-voz, a imprensa turca divulgou a informação porque as autoridades querem fechar a fronteira, de modo que não entrem mais refugiados vindos de Kobani, um dos principais enclaves curdos da Síria e cenário de uma ofensiva dos jihadistas desde terça-feira.

Segundo os dados de Khalil, mais de 200 mil curdos fugiram de suas casas em Kobani e nos arredores.

A maioria se dirigiu ao território turco. Mesmo assim, ele afirma que "Kobani será defendida até o final" e que mais de mil jovens curdos procedentes da Turquia e de outras regiões de maioria curda no norte da Síria chegaram à cidade para defendê-la.

O EI proclamou um califado no Iraque e na Síria no final de junho e os curdos mostram forte oposição aos extremistas sunitas tanto no território sírio como no iraquiano.

Os curdos sírios se concentram, sobretudo, na província de Al Hasaka (nordeste) e nas regiões de Afrin e Kobani, também conhecida como Ain Arab, assim como em Alepo (norte), e representam 9% da população do país.

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