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Representante dos rebeldes líbios diz que não permitirão bases da Otan

Abdel Moneim al-Honi, porém, agradeceu à Aliança Atlântica pelo apoio à luta contra o regime de Kadafi

Pessoas agitam bandeiras da Líbia: Honi previu que Kadafi será detido em pouco tempo e que o próximo governo investirá as riquezas em seu país (Gianluigi Guercia/AFP)

Pessoas agitam bandeiras da Líbia: Honi previu que Kadafi será detido em pouco tempo e que o próximo governo investirá as riquezas em seu país (Gianluigi Guercia/AFP)

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Da Redação

Publicado em 22 de agosto de 2011 às 14h13.

Cairo - O representante do Conselho Nacional de Transição (CNT) líbio, Abdel Moneim al-Honi, indicou nesta segunda-feira no Cairo que seu país não permitirá o estabelecimento de bases militares da Otan após o triunfo da revolução.

Em declarações à agência de notícias oficial "Mena", Honi agradeceu à Aliança Atlântica por ter destacado suas forças para apoiar a luta contra o regime de Muammar Kadafi que, segundo os opositores, está chegando ao fim. "A ajuda da Otan permitiu reduzir o número de mortes no conflito", argumentou.

Como avançou nesta segunda-feira o ministro de Relações Exteriores egípcio, Mohamed Amr, em entrevista coletiva conjunta, Honi será o próximo representante líbio na Liga Árabe se seus membros decidem levantar suspensão que impuseram a esse país após a explosão da revolução em 17 de fevereiro.

Honi disse que entrou em contato com o secretário-geral da Liga Árabe, Nabil al Araby, para que aborde a reincorporação líbia na reunião que os ministros de Relações Exteriores terão nesta terça-feira na capital do Catar, Doha.

"Líbia é um país árabe islâmico antes e depois da Otan", afirmou o representante do CNT, que também ocupará o posto de embaixador líbio no Egito, país árabe que acaba de reconhecer o Governo dos rebeldes líbios.

Honi previu que Kadafi será detido em pouco tempo e que o próximo Governo investirá as riquezas em seu país e iniciará todas as medidas necessárias para apoiar "o trabalho árabe comum e a independência árabe".

A Otan afirmou que vai manter sua missão na Líbia e continuar com os voos de vigilância e de ataque até que todas as forças leais ao regime de Muammar Kadafi tenham se rendido.

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