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Representante do Vaticano na França é investigado por agressão sexual

O cardeal Luigi Ventura é acusado de ter agredido uma funcionária da Municipal de Paris

 (Laszlo Szirtesi/Getty Images)

(Laszlo Szirtesi/Getty Images)

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EFE

Publicado em 15 de fevereiro de 2019 às 10h35.

Última atualização em 15 de fevereiro de 2019 às 11h19.

Paris — O núncio do Papa na França, o cardeal Luigi Ventura, está sendo investigado por uma suposta agressão sexual cometida contra uma funcionária da Câmara Municipal de Paris, informaram à Agência Efe fontes da Justiça.

A investigação foi aberta em 24 de janeiro, depois que a Prefeitura enviou o caso ao Ministério Público. De acordo com autor da denúncia, os fatos aconteceram em uma cerimônia na sede do governo municipal à qual o núncio, de 74 anos e no cargo há uma década, participou.

Segundo o jornal "Le Monde", os fatos aconteceram durante a tradicional festa de recepção do ano novo do corpo diplomático oferecida pela prefeita, Anne Hidalgo, em 17 de janeiro. Nesse ato, o núncio vaticano costuma ter um papel especial na condição de decano do corpo diplomático no país.

Tradicionalmente faz um discurso, mas com a chegada de Hidalgo ao cargo ele se limitou a ter a possibilidade de acompanhar à prefeita até o palanque. Foi antes desse ato, conforme o "Le Monde", que aconteceu o assédio, cometido contra um jovem funcionário do serviço de relações internacionais da Prefeitura, que denunciou que foi acariciado pelo religioso.

A Prefeitura informou o Ministério Público sobre os fatos seis dias depois e, no dia seguinte, o promotor de Paris, Rémy Heitz, determinou a abertura de uma investigação.

Doutor em Letras Modernas e formado em Direito Cônego, Ventura entrou para o corpo diplomático do Vaticano em 1978 e foi núncio apostólico em Costa do Marfim, Burkina Faso e Níger, antes de ser enviado em 1999 ao Chile e depois para o Canadá. Em 2009, foi transferido pelo papa Bento XVI para Paris para substituir Fortunato Baldelli, indicado a um posto em Roma.

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