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Representante do Mercosul defende projeção cultural do bloco

o brasileiro Florisvaldo Fier disse que além de temas comerciais, o bloco deve buscar "que os povos se conheçam entre si"

Reunião do Mercosul em Luque, Paraguai (REUTERS/Jorge Adorno)

Reunião do Mercosul em Luque, Paraguai (REUTERS/Jorge Adorno)

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Da Redação

Publicado em 22 de dezembro de 2015 às 06h04.

Assunção – O alto representante-geral do Mercosul, o brasileiro Florisvaldo Fier — ex-deputado federal conhecido como Dr. Rosinha — disse nesta segunda-feira em entrevista à Agência Efe que embora o bloco sul-americano tenha começado por temas comerciais também deve defender uma maior projeção cultural "para que os povos se conheçam entre si".

Dr. Rosinha lembrou que o espírito de fundação do Mercosul foi econômico e comercial, mas afirmou que "agora avançou muito e procura construir cidadania" e para isso "é necessário que os povos se conheçam entre si para que cada um saiba quem vive do outro lado da fronteira".

"Devemos nos conhecer em um sentido mais profundo", disse sobre os diferentes povos e culturas que compõem os cinco países-membros do Mercosul: Brasil, Paraguai, Uruguai, Argentina e Venezuela.

"Conhecer-se no sentido de respeito, de olhar o outro como alguém com as mesmas necessidades e direitos que eu, e por exemplo, o cinema ajuda nisso", declarou, após assistir o agraciado filme da brasileira Sandra Kogut, "Campo Grande", na segunda edição da Mostra de Cinema do Mercosul.

A mostra, cuja primeira edição foi realizada em junho passado em Brasília, coincide com a Cúpula de Chefes de Estado e de Governo que aconteceu em Assunção e na qual o Paraguai passou a presidência semestral do bloco ao Uruguai.

"O cinema cria uma identidade. Quando vejo o filme, ouço a música ou como o povo fala, aprendo os costumes de seus lugares, vou me identificando com as pessoas, e quando me identifico com uma cultura, vejo o outro com respeito", acrescentou Dr. Rosinha. 

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