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Repórter da Al Jazeera é presa no Egito acusada de calúnia

Segundo agência estatal de notícias, Rasha Jaafar, detida ontem, trabalhava com a Al Jazeera Mubasher Misr para "manchar a imagem do país e de seu povo"


	Logo da Al Jazeera: três profissionais da "Al Jazeera" ficaram presos por cinco meses no Egito
 (Getty Images)

Logo da Al Jazeera: três profissionais da "Al Jazeera" ficaram presos por cinco meses no Egito (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 30 de maio de 2014 às 08h17.

Cairo - Um tribunal do Egito condenou nesta sexta-feira a 15 dias de prisão provisória uma jornalista do canal catariana "Al Jazeera" por "cooperar com a televisão em troca de somas de dinheiro e a emissão de rumores e notícias falsas" sobre o Egito.

Segundo a agência estatal de notícias "Mena", Rasha Jaafar, detida ontem em um apartamento em uma zona residencial de Port Said, trabalhava com a Al Jazeera Mubasher Misr para "manchar a imagem do país e de seu povo".

Fontes de segurança disseram a "Mena" que, no momento da detenção, a jornalista tinha em seu poder publicações com o símbolo islamita de uma mão com quatro dedos levantados, exceto o polegar, que homenageia os mortos em agosto no despejo policial da praça de Rabea al Adauiya, no Cairo (rabaa significa quatro em árabe).

Três profissionais da "Al Jazeera" ficaram presos por cinco meses no Egito e estão sendo processados acusados de distorcerem a imagem do país e colaborar com a Irmandade Muçulmana, declarada "grupo terrorista" pelas atuais autoridades interinas.

Um quarto repórter da "Al Jazeera", Abdullah al Shami, que trabalha para o canal em árabe, está detido desde agosto de 2013, mas ainda não foi acusado e, segundo o canal, está em greve de fome.

Um tribunal do Egito ordenou, pouco depois da cassação de Mohammed Mursi em julho, a suspensão da transmissão do canal ao vivo da "Al Jazeera" no país e de outras três televisões islamitas.

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