Mundo

Renuncia o primeiro-ministro ucraniano, Nikolai Azarov

Azarov afirma a decisão foi tomada para "criar possibilidades adicionais para se chegar a um acordo político"


	O premiê da Ucrânia, Mykola Azarov: o país passa por uma grave crise política
 (Sergei Supinsky/AFP)

O premiê da Ucrânia, Mykola Azarov: o país passa por uma grave crise política (Sergei Supinsky/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 28 de janeiro de 2014 às 06h47.

Kiev - O primeiro-ministro da Ucrânia, Nikolai Azarov, apresentou sua renúncia, enquanto a Rada Suprema (Parlamento) está reunida em Kiev para abordar a crise do país, informou nesta terça-feira o gabinete de imprensa do governo.

Em sua carta de renúncia, Azarov afirmou que deixava o cargo "para criar possibilidades adicionais de se conseguir um acordo político e social e em prol de um ajuste pacífico" do conflito de dois meses entre as autoridades e a oposição, que mantém milhares de manifestantes nas ruas.

"Durante o confronto, o governo fez tudo para conseguir uma solução pacífica ao conflito. Fizemos tudo para impedir o derramamento de sangue, a escalada da violência e a violação dos direitos civis", afirmou em sua carta ao presidente, Viktor Yanukovich.

"O governo garantiu o funcionamento da economia e do sistema de seguridade social em condições extremas", acrescentou.

Azarov considera que em todo o tempo em que esteve no cargo fez "tudo para que a Ucrânia pudesse se desenvolver como um Estado europeu, democrático".

"Tomei decisões e assumi responsabilidades para servir aos interesses do povo ucraniano, e por isso posso olhar nos olhos de cada cidadão, de cada compatriota", disse.

Mas ressaltou que "o mais importante agora é conservar a unidade e a integridade da Ucrânia, isto é muito mais importante que qualquer plano ou ambição pessoal".

"Precisamente, por isso, tomei esta decisão", explicou. Azarov assumiu a chefia do governo ucraniano em março de 2010, e em 13 de dezembro de 2012 foi confirmado no cargo pelo novo Parlamento eleito nas eleições gerais.

As manifestações começaram há mais de dois meses pela rejeição do governo a assinar um acordo de associação com a União Europeia. Há dez dias, começaram a ocorrer violentos distúrbios, que causaram três mortos, segundo as autoridades, e seis, segundo a oposição, além de centenas de feridos. 

*Matéria atualizada às 7h47

Acompanhe tudo sobre:ProtestosProtestos no mundoCrise políticaUcrânia

Mais de Mundo

'Tudo o que fiz foi PERFEITO': Trump comemora após corte de NY anular multa bilionária por fraude

Uganda confirma acordo com EUA para transferir imigrantes em situação irregular

Europa deve assumir 'maior parte do fardo' da segurança da Ucrânia, diz vice de Trump

Egito acusa Israel de ignorar proposta de trégua em Gaza aceita pelo Hamas