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Renúncia de Evo Morales é "momento significativo" para democracia, diz EUA

A Casa Branca também afirmou que a saída de Morales do governo da Bolívia é um "forte sinal para regimes ilegítimos na Venezuela e na Nicarágua"

Donald Trump: governo do presidente americano declarou que os Estados Unidos "aplaudem o povo boliviano por exigir liberdade (Yuri Gripas/Reuters)

Donald Trump: governo do presidente americano declarou que os Estados Unidos "aplaudem o povo boliviano por exigir liberdade (Yuri Gripas/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 11 de novembro de 2019 às 18h03.

São Paulo — A Casa Branca afirmou nesta segunda-feira (11) que a renúncia do agora ex-presidente da Bolívia, Evo Morales, é "momento significativo para a democracia no Hemisfério Ocidental".

Por meio de um comunicado oficial, o governo do presidente americano, Donald Trump, declarou que os Estados Unidos "aplaudem o povo boliviano por exigir liberdade e os militares por cumprirem seu juramento de proteger não uma pessoa, mas a Constituição da Bolívia".

Ontem, Evo Morales e outros três políticos na linha sucessória da Bolívia renunciaram. Em comunicado na TV, ao lado do vice, Álvaro García Linera, Morales disse ter sido vítima "de um golpe de Estado" e que era sua "obrigação" como primeiro presidente indígena do país buscar a pacificação do país.

A Casa Branca disse, no comunicado, que "depois de 14 anos e sua recente tentativa de se sobrepor à Constituição boliviana e à vontade do povo, a saída de Morales preserva a democracia e pavimenta o caminho para que as vozes da população da Bolívia sejam ouvidas".

O governo de Trump ressaltou, ainda, que a renúncia de Morales "envia um forte sinal para regimes ilegítimos na Venezuela e na Nicarágua". "Nós estamos agora um passo mais perto de um Hemisfério Ocidental completamente democrático, próspero e livre", completa a Casa Branca.

Horas antes de Morales decidir deixar o cargo ontem, o comandante das Forças Armadas da Bolívia, Williams Kaliman, havia pedido que o agora ex-presidente renunciasse. Pela manhã, Morales tinha anunciado a convocação de um novo pleito eleitoral, depois que a OEA afirmou em um relatório preliminar ter observado "sérias irregularidades" nos resultados da eleição de outubro.

A suspeita de fraude também resultou na prisão da presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) da Bolívia, Maria Eugenia Choque, e do vice-presidente da Corte, Antonio Costas.

Evo Morales foi o primeiro presidente indígena da Bolívia e esteve no poder por 13 anos e nove meses, o mandato mais longo da história do país sul-americano.

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