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Religiosos confirmam declarações do Papa sobre "lobby gay"

Segundo o resumo de audiência com membros da CLAR, o Papa denunciou os interesses financeiros por trás das leis pró-aborto


	Papa Francisco: desde a eleição em março do Papa Francisco, textos e conversas vazaram para a imprensa.
 (Max Rossi/Reuters)

Papa Francisco: desde a eleição em março do Papa Francisco, textos e conversas vazaram para a imprensa. (Max Rossi/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 12 de junho de 2013 às 13h19.

Vaticano - A Confederação Latino-Americana dos Religiosos (CLAR) confirmou nesta quarta-feira as declarações do Papa Francisco sobre a corrupção e existência de um lobby gay no Vaticano durante um encontro recente.

A CLAR reagiu à publicação de um resumo deste encontro pelo site católico chileno Reflexión y Liberación, que repercutiu em todo o mundo.

"A presidência da CLAR lamenta profundamente a publicação de um texto fazendo referência a um encontro com o Papa", indicou a CLAR em um comunicado, que indica que "nenhuma gravação" foi feita durante a audiência.

O resumo foi escrito pouco após a reunião "com base nas lembranças dos participantes", acrescentou a Confederação.

"É claro que não podemos atribuir ao Papa com absoluta certeza as expressões específicas contidas no texto, mas apenas o sentido geral", explicou o comunicado, confirmando as declarações.

O resumo, ressalta o comunicado, "estava destinado a registrar a memória pessoal dos participantes e de maneira nenhuma a publicação, para o que nenhuma autorização foi pedida".

No Vaticano, é visível o problema de "comunicação interna" ligada ao modo muito livre de expressão do novo pontífice.


Segundo o resumo, durante a audiência com membros da CLAR, o Papa denunciou os interesses financeiros por trás das leis pró-aborto e reconheceu a dificuldade de realizar mudanças na Cúria Romana.

Ele ainda admitiu que "na Cúria, há pessoas verdadeiramente santas, mas também existe uma corrente de corrupção", acrescentando: "fala-se de 'lobby gay', e é verdade, ele existe", segundo o resumo.

Desde a eleição em março do Papa Francisco, textos e conversas vazaram para a imprensa.

O porta-voz da voz Santa sé, o padre Federico Lombardi, ressaltou na terça-feira se tratar de uma reunião privada e que "não tinha nenhum comentário a fazer" sobre a questão.

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