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Relatório sobre acidente Rio-Paris será divulgado na quinta

O relatório é de autoria do BEA, organismo estatal francês

O relatório do BEA deve retomar as conclusões preliminares de julho de 2011, de caráter exclusivamente técnico
 (Bertrand Guay/AFP)

O relatório do BEA deve retomar as conclusões preliminares de julho de 2011, de caráter exclusivamente técnico (Bertrand Guay/AFP)

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Da Redação

Publicado em 2 de julho de 2012 às 11h49.

Paris - O organismo oficial francês responsável pelas investigações sobre segurança aérea divulgará na quinta-feira o relatório final sobre o acidente do voo da Air France Rio-Paris que matou 228 pessoas em 2009, que já foi entregue ao governo brasileiro no fim de maio.

O relatório deve retomar as conclusões preliminares de julho de 2011, de caráter exclusivamente técnico, já que o caso segue seu curso na justiça francesa para determinar possíveis responsabilidades.

O caso do voo AF447 Rio-Paris tem implicações econômicas para o setor aeronáutico. A Air France e a Airbus foram indiciadas em março de 2011 por "homicídios involuntários".

O Airbus A330 da Air France caiu em alto mar na costa do Brasil em 1º de junho de 2009, O acidente não teve sobreviventes.

No primeiro documento de julho de 2011, os investigadores ressaltaram uma série de erros da tripulação, por considerar que os pilotos não souberam enfrentar os incidentes registrados nos últimos minutos de voo.

A hipótese de falha humana é criticada pelas partes civis, pela companhia e pelos pilotos. Alguns pediram esclarecimentos técnicos sobre o avião para distinguir o que os pilotos não puderam fazer do que não souberam fazer.

O Birô de Investigações e Análises (BEA) destaca respostas inadequadas à perda dos indicadores de velocidade ocorridos em consequência do congelamento das sondas Pitot, situação para a qual os pilotos não estavam treinados, e a perda de sustentação aerodinâmica da aeronave, que aparentemente não foi detectada.

Segundo especialistas, gelo se formou nas sondas Pitot, fabricadas pela empresa francesa Thales, que têm como função medir a velocidade do avião. Depois disso, o piloto automático foi desativado.

O Brasil já recebeu, no fim de maio, o relatório final da investigação sobre o acidente do voo Rio-Paris.

O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), que acompanhou todo o processo de investigações, já recebeu o documento, segundo uma fonte da Força Aérea brasileira que pediu anonimato.

"Aguardaremos a publicação final para saber quais recomendações em segurança aérea podemos adotar", completou.

O BEA, organismo estatal francês, confirmou a divulgação do relatório final para 5 de julho de 2012.

O advogado das famílias brasileiras, João Tancredo, já afirmou que o conteúdo do relatório "não muda em nada o pedido das compensações".

"Já sabemos que houve falha nos equipamentos e uma falha humana", disse no fim de maio.

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