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Relatório pede que Exército adote cotas para mulheres

O Exército australiano foi aconselhado também a reduzir a discriminação, a violência e os trotes de que elas são vítimas dentro da corporação


	Mulheres no Exército: uma mulher a cada duas e de um homem em dez declararam ter sido alvo de assédio sexual
 (Torsten Blackwood/AFP)

Mulheres no Exército: uma mulher a cada duas e de um homem em dez declararam ter sido alvo de assédio sexual (Torsten Blackwood/AFP)

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Da Redação

Publicado em 22 de agosto de 2012 às 12h24.

Sydney -  O Exército australiano deve adotar cotas para a incorporação das mulheres e reduzir a discriminação, a violência e os trotes de que elas são vítimas dentro da corporação, segundo um relatório oficial publicado nesta quarta-feira depois da revelação dessas práticas usuais.

Elizabeth Broderick, delegada nacional para a luta contra as discriminações sexuais, denuncia neste documento "os obstáculos práticos e sistêmicos" em relação às mulheres nas Forças Armadas Australianas (ADF).

Por isso sugere aumentar a "massa crítica" das mulheres e suas perspectivas de carreira através de uma cota mínima de 10%, algo pouco realista quando se trata das unidades de combate, onde apenas 3% das mulheres conseguem superar os testes físicos de seleção, segundo os detratores da ideia.

Uma mulher a cada duas e de um homem em dez declararam ter sido alvo de assédio sexual no Exército, uma cifra relativamente próxima das tendências observadas na vida civil.

O ministro da Defesa, Stephen Smith, e o comandante do Exército, David Hurley, manifestaram seu apoio de princípio às 21 recomendações de Broderick, ao mesmo tempo em que enfatizaram a falta de flexibilidade das estruturas militares.

Vários casos foram divulgados pela imprens local nos últimos anos sobre agressões sexuais, violência, trotes vexatórios e, inclusive, estupro, no corpo militar.

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