No final de 2011, cerca de 34 milhões de pessoas tinham o vírus HIV no mundo (Divulgação)
Da Redação
Publicado em 20 de novembro de 2012 às 13h42.
Londres - Relatório das Nações Unidas divulgado nesta terça-feira afirma que a erradicação da Aids está próxima, graças ao melhor acesso a drogas que podem tratar e prevenir o incurável vírus humano da imunodeficiência humana (HIV), causador da doença.
A meta de pôr fim à epidemia mundial de Aids não é "meramente visionária", mas "totalmente viável", diz o relatório da agência das Nações Uidas para a Aids (Unaids).
O sucesso no combate à doença na última década permitiu que se fincassem as "fundações para o eventual fim da Aids", ao reduzir a cifra de mortos e ajudar a estabilizar o número de pessoas infectadas na pandemia, assinalou o relatório anual.
No final de 2011, cerca de 34 milhões de pessoas tinham o vírus HIV no mundo.
O número de novos infectados com a doença, transmitida por sangue ou pelo sêmen durante a relação sexual, está caindo em todo o mundo. O número de novas infecções em 2011, de pelo menos 2,5 milhões de pessoas, é 20 por cento inferior ao de 2001.
As mortes pela Aids caíram em 2011, ficando em 1,7 milhão, abaixo do pico de 2,3 milhões em 2005 e do 1,8 milhão em 2010. A África Subsaariana é a região mais afetada, com quase 1 em cada 20 adultos infectados, aproximadamente 25 vezes a taxa na Ásia --há quase 5 milhões de pessoas com o HIV no Sul, Leste e Sudeste da Ásia.
"Embora a Aids continue a ser um dos mais sérios desafios à saúde, a solidariedade mundial na resposta à Aids na última década continua a gerar ganhos extraordinários na saúde", diz o relatório.
Segundo o documento, isso ocorreu graças ao "sucesso histórico" na promoção de programas em escala junto com a emergência de novas combinações de remédios para evitar que pessoas sejam infectadas e que morram da doença.
Cerca de 8 milhões de pessoas estavam sendo tratadas com drogas para a Aids no fim de 2011, um aumento de 20 vezes desde 2003. A meta da ONU é elevar esse número para 15 milhões até 2015.