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Relatório aponta falhas de Lupi no Ministério do Trabalho

O relatório recomendou a demissão do ministro e a aplicação de uma advertência - maior punição que a Comissão de Ética pode recomendar.

O relatório recomendou a demissão do ministro e a aplicação de uma advertência - maior punição que a Comissão de Ética pode recomendar (Marcello Casal Jr/ABr)

O relatório recomendou a demissão do ministro e a aplicação de uma advertência - maior punição que a Comissão de Ética pode recomendar (Marcello Casal Jr/ABr)

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Da Redação

Publicado em 2 de dezembro de 2011 às 10h33.

Brasília - O relatório da Comissão de Ética da Presidência da República, divulgado hoje (1), considera que o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, cometeu "inquestionáveis e graves falhas" como gestor. De acordo com o documento apresentado pela conselheira Marília Muricy Machado Pinto, e aprovado ontem, pela unanimidade da Comissão, os pronunciamentos públicos feitos por Lupi "não se coadunam com os preceitos éticos estabelecidos para a Alta Administração Federal”.

O relatório recomendou a demissão do ministro e a aplicação de uma advertência - maior punição que a Comissão de Ética pode recomendar. A decisão de divulgar o relatório foi tomada pelo presidente da Comissão, Sepúlveda Pertence, após a decisão da presidenta Dilma Rousseff de manter Lupi no cargo e pedir informações sobre a recomendação feita pela Comissão.

A relatora expôs no documento que as justificativas apresentadas publicamente por Lupi, de que ele não era responsável pela assinatura dos convênios, ou de que confiava em seus subordinados, não correspondem "a responsabilidade que lhe é imputada estando à frente do ministério".

O documento lista as irregularidades atribuídas à pasta e ao ministro. Entre elas, a relatora destaca a cobrança de propina por parte de assessores para resolver pendências de organizações não governamentais (ONGs) conveniadas, e a cobrança feita pela Presidência da República sobre as providências em relação a isso três meses antes das reportagens.

Outro fator considerado pela relatora foi o acórdão do Tribunal de Contas da União que apontou uma "situação crítica" na prestação de contas das entidades que receberam recursos públicos do ministério.

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