Mundo

Relações não mudam por causa de fala de Trump, diz embaixada

Depois de um tiroteio em San Bernardino, o republicano clamou por "uma suspensão total e completa da entrada de muçulmanos nos Estados Unidos"


	Donald Trump: depois de um tiroteio em San Bernardino, o republicano clamou por "uma suspensão total e completa da entrada de muçulmanos nos Estados Unidos"
 (Eric Thayer / Reuters)

Donald Trump: depois de um tiroteio em San Bernardino, o republicano clamou por "uma suspensão total e completa da entrada de muçulmanos nos Estados Unidos" (Eric Thayer / Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de agosto de 2016 às 15h39.

Washington - O pedido de Donald Trump para que muçulmanos sejam temporariamente impedidos de entrar nos Estados Unidos não afeta o comprometimento do país com a liberdade religiosa aos olhos de estrangeiros, disse uma autoridade do Departamento de Estado dos EUA nesta quarta-feira.

No dia 7 de dezembro, uma semana depois de um casal de muçulmanos matar 14 pessoas na cidade de San Bernardino, o republicano clamou por "uma suspensão total e completa da entrada de muçulmanos nos Estados Unidos até que nossos representantes consigam entender o que está acontecendo".

Discursando enquanto apresentava o relatório anual do Departamento de Estado sobre liberdade religiosa, David Saperstein, o embaixador norte-americano para o tema, foi indagado se os comentários tornam a tarefa de divulgar a tolerância religiosa em nações estrangeiras mais difícil.

"Países de todo o globo... eles veem claramente as restrições constitucionais e institucionais básicas contra violações da liberdade religiosa nos Estados Unidos, e acho que veem claramente e acreditam profundamente na promessa da América de ser um modelo de como tratar todas as pessoas igualmente a despeito da religião", disse Saperstein.

"Isto está claro, e não é afetado pelos comentários aqui", acrescentou. "Não importa quem seja eleito, as instituições e as restrições constitucionais dos Estados Unidos farão com que continuemos seguindo a linha que seguimos nos últimos 200 anos".

À época, as declarações de Trump foram repudiadas pela Casa Branca, pela indicada presidencial democrata Hillary Clinton e por alguns candidatos que então disputavam com o magnata a nomeação republicana à corrida presidencial.

Acompanhe tudo sobre:CelebridadesDonald TrumpEleições americanasEmpresáriosEstados Unidos (EUA)MuçulmanosPaíses ricos

Mais de Mundo

Mercosul precisa de "injeção de dinamismo", diz opositor Orsi após votar no Uruguai

Governista Álvaro Delgado diz querer unidade nacional no Uruguai: "Presidente de todos"

Equipe de Trump já quer começar a trabalhar em 'acordo' sobre a Ucrânia

Irã manterá diálogos sobre seu programa nuclear com França, Alemanha e Reino Unido