Bento XVI: segundo seu biógrafo, apesar de ter se juntado ao nazismo o papa emérito era um silencioso dissidente. Ele desertou do serviço militar aos 16 anos (Getty Images/Getty Images)
Bloomberg
Publicado em 31 de dezembro de 2022 às 10h21.
Sob o nazismo, o futuro papa Bento XVI, morto neste sábado, 31, ingressou na Juventude Hitlerista, que era obrigatória na época.
No entanto, ele era um dissidente silencioso e não foi a nenhuma reunião do grupo, segundo o seu biógrafo John Allen Jr. Ele se juntou posteriormente ao exército alemão, mas com 16 anos desertou do serviço militar.
Sua ligação com o nazismo na juventude foi desenterrada quando Bento XVI se tornou papa. O tablóide do Reino Unido The Sun foi o primeiro a ressuscitar seu passado e publicou uma reportagem com o título: "Da juventude nazista...para Papa Ratzi” quando ele sucedeu João Paulo II.
Como um padre jovem, Bento XVI criou uma teologia progressista. Mas a revolução dos estudantes de 1968 gerou uma desconfiança sobre a esquerda e provocou uma mudança para uma teologia mais ortodoxa na igreja.
Bento XVI estudou filosofia e teologia em Munique e Freising e ensinou em diversas universidades. Depois, se tornou arcebispo de Munique em março de 1977 e cardeal três meses depois.
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