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Relação etanol/gasolina é a menor desde julho de 2011

Comparação dos preços dos combustíveis chegou a 66,86% na quarta semana de junho, o menor patamar desde a terceira semana de junho do ano passado

Gasolina: na comparação entre os dois tipos de combustíveis pela média mensal, em junho a relação chegou a 68,18%, o menor nível desde julho de 2011, quando marcou 68,07% (SXC.Hu)

Gasolina: na comparação entre os dois tipos de combustíveis pela média mensal, em junho a relação chegou a 68,18%, o menor nível desde julho de 2011, quando marcou 68,07% (SXC.Hu)

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Da Redação

Publicado em 3 de julho de 2012 às 15h12.

São Paulo - A relação entre os preços do etanol e da gasolina chegou a 66,86% na quarta semana de junho, o menor patamar desde a terceira semana de junho do ano passado, quando estava em 65,70%. Na comparação entre os dois tipos de combustíveis pela média mensal, em junho a relação chegou a 68,18%, o menor nível desde julho de 2011, quando marcou 68,07%. Os dados são da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), que divulgou nesta terça-feira o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) de junho.

O etanol registrou queda de 2,04% nos preços em junho na comparação com maio. De acordo com o coordenador do IPC-Fipe, Rafael Costa Lima, este combustível sofre um efeito tardio da entrada da safra no mercado e ainda há espaço para novas reduções. "A queda verificada no mês ainda é tímida para o movimento de entrada de safra", afirma.

Segundo Lima, há uma queda do preço internacional do açúcar, o que pode levar a um aumento da produção do etanol e, consequentemente, a mais recuos no preço. No acumulado de 12 meses encerrado em junho, o combustível apresenta alta de 4,21%.

Lima também acredita que cresceram nas últimas semanas as chances de um novo aumento no preço da gasolina que, desta vez, chegue ao consumidor. Isso aumentaria ainda mais a competitividade do etanol. No último dia 22, a Petrobras anunciou um reajuste de 7,83% para a gasolina e de 3,94% para o diesel nas refinarias, mas este aumento não chegou diretamente ao consumidor porque o Ministério da Fazenda compensou a alta com a isenção da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) sobre os combustíveis.

Para o coordenador do IPC-Fipe, no entanto, o governo federal se mostra mais "aberto à possibilidade de reajuste" que pode chegar perto dos 15%. "Devemos vivenciar a alta da gasolina alguma vez neste ano", disse Lima, ao afirmar que este é "um bom momento" para o reajuste porque o impacto para o consumidor seria minimizado com a economia nacional em marcha lenta. "Atualmente a inflação caminha para a meta quase sozinha", explicou.

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